O aviso é do Comissário da Comissão Administrativa da Confraria de Nossa Senhora do Amparo que já não é novo.
Sílvio Santos revela que este ano houve várias reuniões com o executivo do Município de Mirandela que tinham em cima da mesa a possibilidade de partilhar a organização das festas entre a confraria e a autarquia, mas ainda não se chegou a um acordo. “O próprio Município demonstrou alguma abertura numa fase inicial, entre os meses de fevereiro e março, em inúmeras reuniões que tivemos, para a possibilidade de, pelo menos gradualmente, se iniciar uma separação em termos organizativos com a parte religiosa afeta à confraria e a parte pagã, pelo menos parcialmente, poder vir a ser assumida pelo Município, já que há alguns anos temos vindo a alertar para a necessidade de ser revisto e aprimorado o modelo que está demasiado gasto”, sustenta.
Sílvio Santos alerta para a necessidade de se alterar o modelo, caso contrário teme que esteja em causa a sustentabilidade da festa anual que traz milhares de visitantes a Mirandela, pegando no exemplo do que vai acontecer este ano em que a comissão que lidera teve enorme dificuldade em preencher um cartaz com 13 dias de festa devido à diminuição de receitas. “As festas representam já um volume financeiro considerável e têm que ser muito bem pensadas e sobretudo com muito tempo de antecipação para que possam acontecer da melhor maneira e ter a sua dignidade, mas é um modelo com mais de 80 anos e está na altura de ser revisto, porque temo que esse esgotamento venha a tornar-se, a curto prazo, muito lesivo e que venha a afetar significativamente as festas de Mirandela”, alerta.
Sílvio Santos deixa mesmo o conselho para que se comece a pensar no novo modelo logo a seguir ao encerramento das festas deste ano. “Se a ideia do Município se mantiver para alterar este modelo e assumir diretamente a parte menos religiosa das festas, aconselhava que, findas as festas deste ano, o limite, em Setembro que se comece a trabalhar nas festas de 2024”.
A festa de Mirandela em honra de Nossa Senhora do Amparo precisa de um novo modelo organizativo e já a partir de 2024. A ideia expressa pelo Comissário da Comissão Administrativa da Confraria de Nossa Senhora do Amparo que organiza novamente as festividades deste ano, entre 25 de julho e 6 de agosto.
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