O tribunal de Bragança decidiu levar a julgamento, ainda sem data marcada, a suspeita que tinha contestado a acusação do Ministério Público, pedindo a abertura de instrução, segundo a informação disponibilizada na página da Internet da procuradoria distrital.
A decisão tomada pelo juiz de instrução confirma os indícios do despacho Ministério Público, datado de dezembro de 2022, que acusa a antiga diretora-técnica de ter feito com “o cartão multibanco do centro paroquial pagamento de compras em proveito próprio”.
Na acusação lê-se que terá tido “uma vantagem patrimonial do montante de 18.884” euros, com os movimentos feitos “nos anos de 2016 e 2017”.
A visada é acusada dos crimes de abuso de confiança, burla informática e nas comunicações, falsificação de documentos e burla qualificada.
Segundo o Ministério Público, a acusada “na posse de cartão multibanco do Centro Social e Paroquial efetuou com o mesmo pagamento de compras em proveito próprio e para seu uso pessoal, entre os quais compras de peças de ourivesaria, pagamentos de serviços e telecomunicações, pagamento de compras de combustíveis, de produtos e artigos alimentares, higiénicos e de limpeza, entre outros”.
A decisão instrutória aceitou os indícios apontados na acusação de que “a arguida registava e faturava contabilisticamente aquelas despesas como se fossem efetuadas em benefício do referido centro paroquial, quando eram em benefício próprio, utilizando para tal, sem autorização e contra a vontade dos respetivos donos, o referido cartão de débito”.
Ainda de acordo com a decisão instrutória, para além disso, a arguida “recebia os valores de donativos e não registava as receitas inscritas no livro de caixa, e criou despesas para justificar a saída de dinheiro”.
O Ministério Público pede que a alegada vantagem patrimonial que a arguida obteve, no valor de 18.884 euros, seja dada como perdida a favor do Estado.
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