O edifício foi sujeito a obras de reabilitação fruto de um investimento de 540 mil euros, financiado em cerca de 250 mil pelo programa comunitário Norte 2020 e o restante comparticipado pelo Município de Mirandela.
A intenção deste investimento é justificado pela presidente da autarquia, Júlia Rodrigues, pela necessidade de centralizar e equipar as instalações com recursos e equipamentos que permitam um melhor socorro à população do concelho e ter recursos tecnológicos adequados para albergar e apoiar a Comissão Municipal de Proteção Civil nas suas competências. “O centro estava em instalações exíguas, com poucas condições de resposta imediata às necessidades operacionais em todo o concelho. Com este investimento queremos que haja condições de grande qualidade”.
O novo Centro Municipal de Proteção Civil tem ainda um espaço de habitação de emergência para desalojados, diversos gabinetes destinados a serviços técnicos, balneários destinados à equipa de sapadores florestais, arquivo e salas de operações e reuniões. Durante a cerimónia de Inauguração, na passada sexta-feira, o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, fez questão de sublinhar a importância deste investimento. “O nosso sistema de Protecção Civil Nacional ficou ainda mais capacitado com a inauguração deste centro”.
O titular da pasta da administração interna passou ainda pelo aeródromo municipal, onde está instalado o Centro de Meios Aéreos que alberga dois aviões anfíbios de combate a incêndios, um drone para vigilância aérea e uma brigada permanente dos bombeiros voluntários locais. A estrutura necessita de obras de reabilitação e a presidente do Município de Mirandela fez saber disso mesmo a José Luís Carneiro tentando sensibilizar o Ministro para a necessidade de financiamento. “Temos algumas questões que foram já reportadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, desde logo a vedação. Portanto, aí estamos a fazer procedimento para que haja essa vedação. Em relação ao Centro de Meios Aéreos, precisamos de umas instalações permanentes e o ideal seria também o alargamento da pista, para que os aviões possam levantar voo com a carga de água completa e, por isso, precisamos, evidentemente, de investimento, sendo que o aeródromo está numa localização extraordinária, em que os ventos são seguros nas descolagens e aterragens. Estamos a fazer um projecto de tudo aquilo que queremos fazer mas, obviamente, precisamos de investimento dos próximos fundos comunitários”.
Só que o Ministro da Administração Interna não se comprometeu com apoio financeiro, preferindo sugerir que o Município apresente uma candidatura a fundos comunitários. “Via haver um fundo de 122 milhões de euros, nos Fundos Europeus, no âmbito dos Programas Operacionais Regionais, destinados à capacitação dos territórios, em relação à sua preparação para os riscos naturais, quer em relação aos incêndios, quer em relação às intempéries que se fazem sentir no Inverno. Portanto, haverá 122 milhões de euros e o município pode candidatar-se a estes Fundos Europeus, desde que estas prioridades de investimento estejam também identificadas no Plano Municipal de Emergência e Protecção Civil e estejam também validadas pelo comando sub-regional de Protecção Civil e pelo comando regional de Protecção Civil”.
Fica a sugestão de José Luís Carneiro. Diga-se que o aeródromo municipal de Mirandela também não tem iluminação não permitindo a aterragem de aviões e helicópteros, após o por do sol.
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