Na sua passagem por Bragança, na passada sexta-feira, Laura Castro admitiu que esta mudança não tem em consideração a riqueza destes museus.
“Eu penso que deixarem de pertencer a esse organismo de referência e passarem a estar apenas numa dinâmica municipal não faz justiça àquilo que nos parece ser o critério que esteve aqui subjacente que é o critério da relevância das colecções”, salientou.
O Museu Abade Baçal, a Domus Municipalis e o Castelo, em Bragança, e o Museu Terra de Miranda, em Miranda do Douro, são geridos pela Direcção Regional de Cultura do Norte. Mas o ministério anunciou que a partir do próximo ano haverá uma reestruturação dos museus e estes equipamentos da região podem vir a ser geridos pelos municípios. Para Laura Castro é vantajoso que estes equipamentos continuem na gestão do Governo.
“Julgo que é benéfico para estes museus pertencerem a um organismo nacional, uma vez que desaparecendo o nível regional há uma possibilidade de estes museus estarem relacionados com os seus pares, participarem de decisões que são fundamentais da política museológica, participarem naquilo que são as linhas de referência e não ficarem isolados e resignados a uma condição local, que não têm”, disse.
Em causa está ainda o investimento que está a ser feito no Museu Terra de Miranda, que “está em total renovação”, e o Museu Abade Baçal que tem “intervenção PRR”.
O projecto de diploma sobre a reestruturação dos museus está agora em consulta pública. A directora regional de Cultura do Norte pede que os directores, municípios e entidades aproveitem para se pronunciarem.
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