O evento vai já na vigésima terceira edição. Este ano, acontece entre 28 e 30 de Julho. O objectivo é preservar as tradições e dá-las a conhecer aos mais novos, diz Raul Tomé, da organização. “Preservar e dar a conhecer aos mais novos aquilo que os nossos antepassados faziam, as dificuldades com que viviam, o esforço físico que era necessário, o cansaço, porque este trabalho era de sol a sol. A associação não deseja voltar a esses tempos, queremos sim dar a conhecer aos jovens o que se fazia”.
As pessoas da aldeia juntam-se para mostrar como se faz a segada, cozer o pão e tocar gaita-de-foles. Durante o fim-de-semana há ainda a feira de artesanato e produtos da terra, concertos e o encontro dos gaiteiros e tocadores do Nordeste. Um evento que une as pessoas da aldeia e atrai outras de vários pontos do país. “Na aldeia de Palácios há 18 pessoas a viver diariamente. Os jovens estão fora. Vêm nesse dia para o festival, para ajudar e para participar. As casas disponíveis são poucas mas estão cheias”.
Este ano o cereal que vai ser colhido e malhado será depois aproveitado para uma exposição que vai estar patente no Museu Abade Baçal, em Bragança, até final de Novembro. Uma recriação de uma obra do escultor Alberto Carneiro e que vai unir a tradição ao contemporâneo, explica o director, Jorge da Costa. “É uma ligação muito feliz entre a tradição e a contemporaneidade e, obviamente, para nós é um privilégio contar com esta ligação e traze-la para o museu. Na base está o trabalho agrícola, é uma forma de mostrar. O visitante vai poder circular, deitar-se, sentir a palha”.
O Festival de Música e Tradição da Lombada está de regresso à aldeia de Palácios a 28, 29 e 30 de Julho.
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