“Os Pica & Trilha são uma banda de ‘hard rock’ rural que canta em língua mirandesa, como um grito alerta para os problemas da região, assente numa batida com estilo período tendo como base as sonoridades das décadas de 1970 e 80 do século passado e cantado em mirandês, com um toque de modernidade”, explicou hoje à Lusa Emílio Martins, um dos mentores deste projeto.
O álbum de estreia engloba 13 músicas que abordam vivências das gentes transmontanas e alerta para os problemas da agricultura, do despovoamento, os efeitos dos incêndios ou da seca que afetam o interior, em particular o Planalto Mirandês, já que esta formação é originaria de Sendim, no concelho de Miranda do Douro, no distrito de Bragança.
A banda nasceu em 2017 e leva já seis anos de vida, tendo concluído o seu álbum de apresentação, como forma de divulgar a segunda língua oficial em Portugal.
O título “Lhabradores al poder!”, que em português quer dizer “Lavradores ao Poder!”, pretende ser um “grito de alerta” para o que se passa neste território fronteiriço do nordeste interior.
“Pretendemos demonstrar que esta região é dinâmica, com uma população resiliente onde a agricultura tem um papel crucial no desenvolvimento económico do território e da sociedade local”, relatou o vocalista da banda, Emílio Martins.
Todo o cenário desenhado pelos Pica & Trilha engloba utensílios e ferramentas utilizadas na lavoura e assenta nas paisagens rurais da chamada Terra de Miranda que engloba os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.
Os Pica & Trilha prometem o seu primeiro espetáculo ao vivo para o último trimestre deste ano.
O álbum tem em destaque temas como: “Benga la Trilhadeira”, “La mie burra parece um Ferrari” ou “Facebook tratores i Hard Rock”, entre outras faixas.
As músicas estão disponíveis em vários canais digitais.
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