IPB viu orçamento aumentar mais de dois milhões de euros

 O Instituto Politécnico de Bragança vai receber mais 2,2 milhões de euros do Orçamento de Estado a partir do próximo ano, mais 15,4 por cento do que o inicialmente previsto. Trata-se do terceiro maior aumento percentual entre instituições de ensino superior politécnico em Portugal e resulta da aplicação de uma nova fórmula de financiamento, que passa a ter em conta, também, o crescimento do número de alunos.

No total, e de acordo com o presidente do IPB, Orlando Rodrigues, são mais 2.246.652 euros, para 27.963.482 euros provenientes do Orçamento de Estado.

Se, no ano passado, o orçamento desta instituição, se cifrou em 44.431.327,00 euros em termos de receita, Orlando Rodrigues estima que o do próximo ano cresça “cerca de dez por cento”.

Este novo modelo de financiamento tem estado a ser discutido com os parceiros e implica três componentes: A componente principal é constituída pela fórmula de financiamento, através da qual são calculadas as dotações-base de cada IES; A segunda componente é constituída pela existência de contratualização. São previstos dois tipos de contratos: contratos de estabilidade e contratos-programa de desenvolvimento; A terceira componente do modelo de financiamento diz respeito à ação social.

“Para o IPB vai ser benéfico. Temos dito sucessivamente que somos uma das instituições mais subfinanciadas no país. Esta alteração procura corrigir algumas dessas situações”, disse Orlando Rodrigues, presidente do IPB, ao Mensageiro.

De acordo com o mesmo responsável, “este aumento vai permitir, sobretudo, reequilibrar o corpo de trabalhadores”.

“Estamos com necessidade de contratar mais professores bem como de acelerar progressões na carreira, de docentes e não docentes”, sublinhou o presidente do IPB.

Até aqui, a fórmula existente não estava a ser levada em conta na hora de o Estado financiar as instituições de ensino superior e o Politécnico de Bragança era uma das mais prejudicadas, sobretudo pelo crescimento no número de alunos que teve nos últimos anos.

“Até aqui havia uma fórmula que não estava a ser aplicada. Recorria-se ao histórico e ao aumento igual para todos. Não estava a ter em conta as instituições que cresceram mais. A nova fórmula será aplicada pela primeira vez, e  tem em conta esse aspeto. Cerca de 30 por cento do aumento é em função do número de alunos”, especificou Orlando Rodrigues.

Construção das residências arranca este ano

Fora deste modelo de financiamento estão as novas residências de estudantes, que o IPB vai construir.

Orlando Rodrigues admite que houve “algum atraso com os projetos” mas que os concursos serão lançados em breve.

“As obras começarão, seguramente, ainda este ano”, sublinhou ao Mensageiro.

António G. Rodrigues