Depois de ter lido um artigo sobre a cultura dos tuaregues, o professor de História decidiu começar a investigar. E foi assim que deu início a mais uma viagem. Este é já o seu 13º livro e admite que muitas ideias foram desmistificadas. “Esses ladrões, esses assaltantes que eles eram, porque tinham que sobreviver, hoje já o não são, mas as caravanas continuam a existir. E este livro desperta o interesse de como um povo no meio do deserto consegue sobreviver. Vive de quê? Vende o quê? Essas caravanas atravessam o deserto para ir para África mais a Sul, criam camelos, vendem camelos, vacas e cabras e trazem para cima aquilo que eles não conseguem ter, que são os cereais e vivem de um comércio que é feito através de caravanas, com mais de 100 camelos, e voltam carregados com cereais”.
O livro é um romance que conta a história de um tuaregue que deixa o Norte de África e vem para a Europa, onde se depara com a cultura ocidental. “Um exemplo de um tuaregue que vem estudar para a Europa e que acaba por viver entre o passado, que é a sua vida anterior no deserto, e um presente que ele enfrenta em França, e entre duas raparigas, uma que é do seu próprio acampamento e outra que não tem nada a ver com isso e conhece na universidade. É um rapaz perdido entre duas culturas, entre dois continentes e cujo amor pelo deserto é tão grande, que se calhar acaba por ter uma força maior do que a cultura ocidental”.
“A Força do Deserto” é um romance, de Luís Ferreira, que faz viajar os leitores entre a cultura ocidental e a cultura dos tuaregues. O colaborador do Jornal Nordeste quis assim desmistificar algumas ideias que ainda existem sobre este povo do Norte de África, numa entrevista, para ouvir na íntegra, esta quinta-feira, depois das 17h.
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