Quem bate às portas do vento
Sem medo à noite sombria?
Quem vive de espanto?
Quem dorme ao relento?
P'ra cá não volto
Que a maré está fria,
Sem rumo grito:
- Sou bardo!
Sem tiro curvo
Ou marinheiro a bordo
Grito de novo
E o eco me anuncia:
P'ra cá não volto
Que a maré está fria
"Escrito por Zeca Afonso em Alcobaça, em 1959"
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