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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 13 de março de 2024

Virgílio Nogueiro Gomes conta a história dos alimentos (e partilha uma receita de família)

 O gastrónomo Virgílio Nogueiro Gomes, nascido em Bragança, volta a casa à boleia do mais recente livro, “Histórias e curiosidades à mesa”. Mas também viaja pelo Mundo. E leva-nos consigo.

Virgílio Nogueiro Gomes. (Fotografia: DR)

As raízes transmontanas de Virgílio Nogueiro Gomes estão visíveis no seu mais recente livro, “Histórias e curiosidades à mesa”, no qual chega a partilhar receitas familiares. É o caso do bolo rico de amêndoa e chila, que era reservado para “ocasiões especiais” e comido à mão, o que “garantia a delícia de lamber os dedos com o creme que escorria”, recorda o gastrónomo, natural de Bragança. Ingredientes, preparação e algumas dicas para reproduzir aquele doce em casa surgem no último capítulo, “Receitas, histórias e curiosidades”. Nele, o autor fala de sabores bem portugueses (do pastel de Chaves ao caldo verde, passando pelas amêijoas à Bulhão Pato), não esquecendo os de outras latitudes.

Mas nem só de receitas e memórias se faz este livro, que recupera algumas crónicas de Virgílio Nogueiro Gomes publicadas online, bem como outros textos, abrangendo ainda algumas novidades. Ao longo de mais de 200 páginas, o também investigador do Projeto DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia debruça-se sobre alimentos como o café, o chocolate, a romã, os dióspiros, as farturas, o alho e o azeite, entre outros. “Em Trás-os-Montes, ainda se diz que ‘comer sem azeite é comer miudinho’”, assinala o autor, que também analisa a ligação entre o que vai para a mesa e certos momentos históricos. Aí, tanto vem à tona o Ramadão como pratos confecionados em tempos de guerra e fome.

Nogueiro Gomes aborda ainda assuntos tão distintos como o uso do talher de peixe, o “mata-bicho” (pequeno-almoço), as sopas de cavalo cansado (descritas como “sopas de vinho adoçadas”, que conhecem diversas receitas) ou como seria escolher uma última refeição. A este propósito, lembra José Jorge de Figueiredo, condenado à morte pela forca em 1843, em Bragança, e alvo de devoção. “A população local considerava-o um injustiçado”, contextualiza o gastrónomo, num texto que termina com referências a pão de ló, arroz-doce e leite-creme queimado com ferro.

Uma receita de família retirada do livro:

Bolo rico de amêndoa e chila

Ingredientes

500 g açúcar
500 g miolo de amêndoa sem pele
500 g doce de chila
18 gemas

Preparação

Bater as gemas com o açúcar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Juntar-lhe o miolo de amêndoa, passado duas vezes pela máquina de picar, e o doce de chila. Levar a massa a cozer em forma untada de manteiga e polvilhada de farinha. Depois de cozido (a 180º, durante uma hora), decorar o bolo com pedacinhos de doce de chila.

Carina Fonseca

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