O criador Domingos Afonso, de Carragosa, Bragança, vendeu 150 cordeiros, mas o preço não é suficiente para cobrir os gastos que tem. “Os cordeiros vão indo, baratos. 60 euros cada cordeiro, isso não é nada, porque já o comeu. O ideal era 80 a 100 euros. A alimentação dá trabalho, fica cara, e o que mais caro fica é a palha para os estrumar”, disse.
Maria da Glória Fonseca também é criadora de cordeiros, mas em Vilar Seco, Vimioso. Nesta Páscoa vendeu 75, menos do que na anterior, porque foi obrigada a reduzir ao efectivo. “Tenho menos gado porque tudo aumentou muito, não há combustível que aguente. Pago um camião de palha a 3300 euros”, referiu.
Além do preço e dos custos de produção terem afectado a venda do cordeiro, a doença também veio estragar o negócio. Aconteceu a Antónia Pires, de Rio Frio, Bragança, que vendeu apenas 40. “São poucos até, tivemos muita quebra. Morreram de diarreia. Morreram para aí 30 ou mais”, disse.
Já no que toca ao cabrito, segundo António Neves, presidente da ANCRAS, Associação Nacional de Caprinicultores da Raça Serrana e da Cooperativa do cabrito Transmontano, as vendas correram como o habitual. O preço a que é vendido é que não é o desejado. “O preço do cabrito não tem sofrido muitas oscilações. Nesta altura é um bocadinho mais alto, na casa dos 16 euros. Eu já vi cabrito à venda esta Páscoa a 26 euros numa grande superfície, de um cabrito que saiu da cooperativa a 14 euros”, lamentou.
A venda de cordeiro e cabrito, nesta Páscoa, a ficar aquém das expectativas dos criadores da região, tendo em conta o aumento dos custos de produção.
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