O ajuste directo entre o antigo Governo e a Sevenair termina hoje, mas o actual Governo aguardava uma resposta do Tribunal Constitucional para prolongar o contrato, até ser conhecido o resultado do concurso público.
O administrador da Sevenair, Carlos Amaro, adiantou que esteve em conversações com governantes e foi-lhe garantido a continuidade da linha. “Depois de uma série de conversações com o secretário de Estado das Infra-estruturas e o secretário de Estado da Coesão Territorial foi possível darem-nos algumas garantias de que este processo de adjudicação será concluído nos próximos dias. Já foi pedido o cabimento orçamental de forma a assegurar que a linha não se interrompa e possamos continuar amanhã”, disse.
O ajuste directo foi feito por 750 mil euros entre Março e 7 de Junho. No entanto, segundo Carlos Amaro até agora ainda não receberam nada, o que deixa a empresa numa situação complicada. “Ainda está aqui em causa uma dívida grande que ainda têm para connosco, que pode pôr em causa a continuidade, mas para já nos próximos dias vamos perceber se isto se concretiza. Sabemos que há sempre alguns atrasos do Estado e com a transição do Governo não facilitou. Seja como for, para nós é uma situação, em termos financeiros, muito delicada para continuar a operar sem receber o que é devido, mas estou confiante que será resolvido nos próximos dias”, salientou.
O concurso público para atribuir a ligação só foi aberto em Abril e pode demorar, no mínimo, meio o ano, o que significa que, muito provavelmente, a concessão só será atribuída no final do ano.
A concessão será por quatro anos no valor de 13,5 milhões de euros. A ligação aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão é feita desde 2009 pela Sevenair.
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