O novo director do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, quer que as pessoas deixem de olhar para a arte como um nicho. António Meireles assumiu as funções no final de Junho. Numa entrevista ao Jornal Nordeste, admitiu que o mais desafiante é aproximar a população do espaço, principalmente aquela que não está habituada a contactar com a arte. “Importa que nós consigamos dar um passo importante para aquele público que não teve esta oportunidade e esta formação tão estruturada de ligação à arte contemporânea porque a arte contemporânea é contruir horizontes, mundos, não apenas estar a fornece-los como algo que esteja fechado, mas a abrir horizontes para cada uma das pessoas, no sentido de se puderem construir e é esse grande desafio que temos à nossa frente: conseguir chegar a todas as pessoas”.
Além de atrair visitantes ao Centro de Arte Contemporânea, o director quer ainda levar o centro até às pessoas, nomeadamente às aldeias. “As exposições, a actividade que o centro de arte desenvolve não se centra apenas dentro de portas. Não estamos apenas de portas abertas para que as pessoas possam cá entrar. Temos que ter esta ligação ao conjunto da população que está mais distante do centro de arte. Não nos podemos esquecer que esta região tem características muito próprias. Nós temos um núcleo urbano muito bem definido mas temos um núcleo rural que não pode deixar de ter contacto com a arte contemporânea”.
António Meireles é licenciado em Artes Plásticas, Pintura, nas Belas Artes, em Lisboa, e tem mestrado e doutoramento em Desenho. Foi coordenador do Laboratório de Artes na Montanha Graça Morais, no IPB. É agora o director do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. Uma entrevista para ouvir na integra, hoje, depois do noticiário das 17 horas.
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