Para demonstrar o desagrado os habitantes decidiram criar uma petição pública.
Cátia Saraiva está emigrada na Suíça mas é natural do Vieiro, conta que os dirigentes tiveram cerca de 10 meses para avisar a população mas os habitantes tiveram apenas conhecimento no próprio dia. “Houve uma publicação no Facebook e supostamente um edital nas aldeias a informar que iriam mudar os números, mas foi no dia 29 de Julho, para o dia 29 Julho, ou seja, no próprio dia, não houve um aviso prévio. A circular veio do mês de Outubro de 2023, ou seja, tiveram 10 meses para programar tudo isto”, disse.
A moradora mostrou-se indignada e afirma mesmo que esta alteração causou vários incómodos. “A morada fiscal tem de ser alterada, ou seja, tudo que é administração, banco, IMTT, as pessoas que recebem as pensões no estrangeiro têm de fazer o pedido ao estrangeiro para alterar as moradas, os emigrantes igual”, criticou.
Confrontado com o desagrado da população, o presidente da junta de freguesia de Freixiel, Gilberto Vieira, referiu que a georreferenciação é algo “bom para toda a gente”, ainda que admita que deveria ter optado por avisar previamente a população desta mudança. “É bom para o INEM, para os bombeiros, dando o número de porta a ambulância vai à porta. A georreferenciação é boa para toda a gente. Podíamos ter feito isto de outra forma, se calhar devia-se ter avisado as pessoas mais cedo”, disse.
Gilberto Vieira garante ainda que a junta está à disposição para ajudar os moradores a tratar de toda a documentação “gratuitamente”. Já os emigrantes, podem optar por pedir o atestado para levar ao consulado ou ir também à junta de freguesia.
Os números de polícias das aldeias de Freixiel, Vieiro e Folgares foram alterados dia 29 de Julho.
Dia 14 de Agosto reuniram-se os populares, o presidente da Junta de Freguesia de Freixiel, assim como o Autarca de Vila Flor. Ainda assim, os habitantes decidiram criar uma petição para mostrar o desagrado face a esta situação.
A pintora Graça Morais também se pronunciou, tendo escrito uma carta aberta na qual critica a medida. Esta insatisfação dos moradores deu azo à criação de uma petição pública a dia 16 de Agosto, que conta com mais de 50 assinaturas na petição on-line e cerca de 60 assinaturas em papel, recolhidas no Vieiro, faltando ainda as de Freixiel e Folgares.
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