segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Organização do Circ’ Bô faz um balanço positivo da primeira edição do festival de circo contemporâneo

 Já terminou o primeiro festival de circo contemporâneo no nordeste Transmontano e no interior do país, o Circ Bô, que invadiu a aldeia de Vilares da Vilariça, no concelho de Alfândega da Fé, este último fim-de-semana.


Um evento que transformou a aldeia num palco natural para diversas atividades ligadas ao circo contemporâneo.

Quem participou evidencia a diferença na programação, o contexto da natureza e a tranquilidade:

Para além do circo, que considero muito bonito, integrado nesta paisagem é muito bonito. Aquilo que vimos foi fantástico. Fizemos o workshop de azulejos e assistimos aos dois espetáculos no Palco com Boa Vista. Para além da animação. Viemos atrás do grupo de cantares, que é maravilhoso, que anima e dança. É uma experiência para voltar a repetir. Gostávamos de ver as pessoas e os produtos da aldeia mais envolvidas. Mas sem sombra de dúvida que é uma experiência para voltar a repetir, contou Paula Agudo, acompanhada do seu marido, que veio de Abrantes e aproveitou para visitar o Circ’Co e também à Festa do Tomate Coração de Boi do Douro, em Vila Real, na Casa Mateus.

E uma vez que tivemos conhecimento que havia aqui estas atividades, resolvemos vir até aqui para poder desfrutar um pouco. Do que vi, gostei muito do circo, foi um espetáculo maravilhoso, integrado naquele palco, com o fundo da paisagem, considerei espetacular. Pronto, acho que foi o mais interessante. Mas gostei muito do workshop do azulejo. Eu gosto muito de aguarela, nunca tinha feito nada em azulejo e achei muito interessante. Aprendi coisas novas.

A aldeia ganha com isso, a região e penso que devem voltar a repetir esta iniciativa. Numa próxima edição, se se avançar neste sentido, as pessoas da aldeia possam dar o seu contributo, contando histórias locais e mostrar os seus produtos. Ao fim ao cabo, integrar tudo. E ser uma âncora para fixar pessoas na aldeia, destacou Simão Pita.


Encontramos no instagram, e depois seguimos e vimos que a programação tinha experiências boas de experimentar e quisemos ver. Gostamos, está quase a acabar, mas gostamos muito. Gostamos do sítio, está muito calor, mas o sítio é muito lindo, não conhecíamos. As atividades são muito calmas. A programação tem tempos de descanso. E as pessoas da aldeia são bem dispostas, contou Helena Matos, vinda do Porto.

No fundo foi a Helena que me falou da programação. E nós decidimos vir. Sim, estou a gostar bastante. No fundo é o meu primeiro festival que eu fico os três dias. E estou a gostar bastante do ambiente, da calma, da tranquilidade e da programação ser bastante diversificada, destacou a amiga de Helena, Isabela Sá, também oriunda do Porto.

Foi uma decisão de última hora, eu e um amigo, decidimos vir a esta aldeia, e não sabíamos o que esperar e foi muito bom ter assistido a este evento. Numa aldeia tão pequena, que parece estar situada no meio de nada, e assistir a um evento muito bom e a uma performance tão agradável, contou Kenneth Bolhuis.

Eu gosto da autenticidade, porque me faz sentir como família. Esta é a primeira edição, por isso é muito especial fazer parte deste festival. E evidencio sobretudo a qualidade das performances, que são muito elevadas. Ter contacto com as pessoas locais é muito especial, destacou, Rianne Kerkhoven de Holanda.

Filipe Jeremias, um dos três cofundadores da Associação Inteligência Local – Associação para a Regeneração, Desenvolvimento e Governança das Economias Locais, que organiza o festival, destaca que o balanço é muito positivo:

O balanço para nós é extremamente positivo, porque se nivelou com as nossas expectativas. Talvez não se tenha nivelado na nossa expetativa máxima de pessoas que queríamos a ver os espetáculos.

Talvez isso não fosse o mais significante numa primeira edição, mas para nós foi muito importante perceber, que as pessoas estavam felizes. Que as pessoas se identificaram com isto. Apesar de ser a primeira edição e que e que há muita coisa para ser melhorada e nós sabemos isso. Nós desenhamos o festival para o fazer acontecer na nossa melhor versão, só que isso não é possível. Mas fizemos acontecer aquilo que foi possível acontecer, ou seja deixamos cair muitas coisas ao longo do caminho.

O maior objetivo deste festival é a fixação de pessoas, promover atividade económica local da própria aldeia.

O festival contemplou múltiplas atividades tendo sempre como mote o circo, com atividades paralelas como performances, oficinas, sessões de culinária, de dança, música, yoga, círculo de conversas, caminhadas na natureza, espetáculos musicais, entre muito mais.

O evento foi organizado pela Associação iLocal e o INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, com o apoio do Turismo de Portugal, com o apoio do Município de Alfândega da Fé.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

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