Este domingo, houve até filas para comprar a famosa cebola.
Para alguns foi a primeira vez, para outros é um hábito. A qualidade é a grande razão da compra.
“Vivo aqui. Tenho um quintal, mas não pusemos cebolas e eu gosto muito destas cebolas, além de serem pequenas, são muito saborosas. Não se encontram no supermercado, nem pensar. É diferente o sabor. Até se comem só com um bocadinho de sal e azeite”, disse Filomena Nascimento.
O emigrante Amândio Anes também foi à feira comprar cebolas para levar para França. “São muito boas, todos os anos venho cá buscar para levar para o estrangeiro”, contou.
Já Daniela Gonçalves foi a primeira vez que comprou as cebolas de São Pedro de Sarracenos. “Foi a primeira vez. Costumam falar bem delas, dizem que são muito boas e, por isso, vim cá comprar”, disse.
Manuel Malhão foi um dos produtores a marcar presença no certame. Este ano, levou apenas 700 quilos de cebola para vender, porque não teve tanta disponibilidade para se dedicar à agricultura. Não esperava que a procura fosse tanta, mesmo com o aumento do preço. “Juntou muita gente e tínhamos pouco produto, não contávamos com tanta gente. Não é habitual, este ano foi uma excepção, houve muita gente”, disse.
Outro dos produtores da aldeia é Fábio Pires. Este ano, as condições meteorológicas não ajudaram no tamanho da cebola. Ainda assim, a qualidade manteve-se e rapidamente vendeu a tonelada e meia que levou para a feira. “Tenho menos um bocadinho que o ano passado. A cebola ficou um bocadinho mais pequena, não cresceu tanto. Acho que teve a ver com o tempo, no mês de Maio esteve tempo frio e chuvoso. Mas a qualidade é boa, como sempre”, frisou.
A Feira das Cebolas de São Pedro de Sarracenos vai já na vigésima segunda edição. Um evento que traz dinâmica à aldeia, salientou o presidente da junta de freguesia, Humberto Santos. “Vem muita gente que, se calhar, é a única vez no ano que vem a esta freguesia. Temos um almoço comunitário, ninguém paga nada e isso é importante, dá movimento à aldeia”.
Além da venda de cebolas, o certame contou ainda com venda de produtos locais, como batata, azeite, pão cozido em forno de lenha e artesanato.
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