sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Ao correr da pena… O exercício do poder sem nos servir...

 
Enquanto por “cá” andamos podemos usar todas as opções. Desde heróis a bandidos. Todas. Claro que condicionadas pelas nossas capacidades físicas, mentais e financeiras. Muitos quereriam e mereceriam, muito mais que outros… mas não podem. Faltam-lhe uma ou mais das componentes indicadas.
A democracia merecia ser mais bem tratada do que nós o temos feito, E culpamos a democracia como se a culpa fosse dela. É tão fácil assim. Até nisso a democracia é tolerante, permite que a culpemos dos nosso erros e omissões.
Quando temos uma unha encravada, chamamos logo pelo “botas”. O Botas seria a nossa salvação.
O Botas, até se imolava se soubesse que todos os trabalhadores já QUASE têm um ordenado que lhes dá para fazer duas refeições todos os dias.
É curioso nunca ter ouvido nenhum governante proclamar a necessidade de cumprir a Constituição da República. Para que serve afinal? Para servir os “poderosos”?
Sim! Claro que podemos ter ensino gratuito em todos os níveis. Sim! Claro que podemos ter cuidados de saúde para todos no Nosso Brilhante e Heróico Serviço Nacional de Saúde.
Não tenho a menor dúvida que também podemos ter habitação digna para todos. Quando digo todos excluo os que podiam contribuir para o bem-estar coletivo e não o fazem por desleixo ou vício.
Direis vós, se tivestes paciência para ler até aqui. O Homem está maluco. Onde há dinheiro para isso?
Desculpai-me mas remeto para vós o fazer dessas contas. Somai o que vai (e bem) ajudar os nossos cidadãos despojados pelos incêndios, que podiam ter tido menor impacto se os mandantes (moinantes) soubessem que o ano tem 365 dias. Somai o “deslize” nos orçamentos das obras públicas que, TODAS, de tostões passam para milhões. Somai no que se tornou a prepotência dos ajustes diretos que são programados ao tostão. Se o meu brinquedo custa 50 mil euros e o posso ter, sem me aborrecer, por esse preço, para quê tentar obtê-lo por um custo menor através de concurso público?
Já ninguém se lembra do escândalo do Centro Cultural de Belém que, dizem, custou mais do que o triplo do previsto e orçamentado. Pensai em centenas de milhares de miniaturas do Centro Cultural de Belém nos municípios nas freguesias nos fados e guitarradas… somai os valores e dizei-me… com sinceridade se ERA IMPOSSÍVEL CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO?
Se assim for a vossa vontade podeis somar, BES, BANIF, BPN, aquelas coisitas e trafulhices dos tipos ligados aos partidos. Não lhes cito o nome porque toca a todos. Alguns até mataram. Outros condenados e depois premiados novamente com a chave dos cofres.
Garantidamente, se a constituição da República Portuguesa não se cumpre... não é por falta de dinheiro.
A paz, o pão habitação saúde, educação. Não é pedir muito, ora não Sérgio?
A foto que ilustra, ou deslustra, o texto, é dos tempos em que comecei a cimentar e acreditar com mais convicção que todos temos o sangue da mesma cor.
Os óculos de sol foram para a fotografia... e se fossem "vivos" tinham mais de 50 anos e no pulso esquerdo um Seiko que era do meu Pai e foi a  minha herança material.
Continuo a ter a certeza que assim é.
Todos temos o sangue da mesma cor... e não é azul.

HM

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