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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

OS FIDALGOS - BRAGANÇA

  Família Morais Sarmento

 1º FRANCISCO DE MORAIS PIMENTEL, filho de Cristovão Ferreira de Sá e de D. Maior Sarmento (ver Bragança – Ferreiras), instituiu um morgadio em 8 de Agosto de 1646. Na escritura da instituição diz-se viúvo de D. Juliana de Sá. Legou-o a seu irmão:
 2º BALTASAR SARMENTO FERREIRA, que casou com D. Joana de Sá. Entre
 outros, foi seu filho:
 3º JOÃO FERREIRA SARMENTO PIMENTEL, fidalgo da Casa Real, comissário geral das tropas de ordenança da província de Trás-os-Montes, que casou com D. Ana Ferreira, sua prima, filha de Gaspar Ferreira Sarmento.
 Sucedeu-lhe neste morgadio:
 4º BALTASAR FERREIRA SARMENTO PIMENTEL, fidalgo da Casa Real, cavaleiro do hábito de Cristo, que casou com D. Ana de Sá Pereira. Sucedeu--lhe:
 5º JOÃO FERREIRA SARMENTO PIMENTEL, fidalgo da Casa Real, cavaleiro do hábito de Cristo, que residiu nas casas que foram de Lopo Ferreira, seu ascendente, e veio da casa de Cavaleiros para Bragança. Casou com D. Inácia Maria de Vasconcelos. Descendência:
 6º BALTASAR FERREIRA SARMENTO PIMENTEL, que possuía outro morgadio, instituído por Gaspar Ferreira Sarmento (ver 3º, atrás citado) e sua mulher D. Ana Vaz Teixeira, a 28 de Setembro de 1646(172).
 E outros.
 7º ANDRÉ DE MORAIS SARMENTO, natural de Bragança, filho de Baltasar de Morais Sarmento, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo,  neto de Rodrigo de Morais Sarmento. Fidalgo-cavaleiro por alvará de 18 de Abril de 1694(173).

 Família Pinto Cabral

 ANTÓNIO PINTO CABRAL, natural de Bragança, filho de Sebastião da Veiga Cabral, fidalgo da Casa Real, neto de Rodrigo Caldeirão.
 Fidalgo-cavaleiro por alvará de 9 de Julho de 1720(174).

 Família Pinto de Morais

 1º CAETANO PINTO DE MORAIS, natural de Bragança, filho de Domingos de Morais Madureira Pimentel, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, neto de José de Morais Madureira Pimentel.
 Fidalgo-cavaleiro por alvará de 28 de Julho de 1721(175).
 2º CAETANO PINTO DE MORAIS, natural de Bragança, filho de José de Morais Madureira Pimentel, fidalgo da Casa Real, neto de Francisco de Morais Madureira Pimentel (Ver Bragança – Morais Madureira Pimentel.)
 Fidalgo-cavaleiro por alvará de 24 de Julho de 1721(176).

 Família Sá

 JOSÉ ANTÓNIO DE SÁ. Nos livros do Registo da Câmara Municipal de Bragança encontra-se registada a carta de fidalgo deste bragançano ilustre (a quem nos referiremos no volume consagrado aos escritores), na qual se lê o seguinte:
 «D. Maria rainha de Portugal etc. Fazemos saber aos que esta carta de nobreza e brasão d’armas virem que o Doutor José Antonio de Sá opositor ás cadeiras da Universidade de Coimbra, socio correspondente da Real Academia de Sciencias, juiz de fora da villa de Moncorvo, natural da  cidade de Bragança nos fez petição de Carta de Brazão d’Armas... que seus antepassados sempre como fidalgos se trataram vivendo á lei da nobreza com armas, cavallos, creados e todo o mais tratamento proprio da nobreza e por isso lhe mandei passar Carta de Brazao d’Armas...
 Escudo partido em palla, na primeira as armas dos Sás... na segunda as dos Castros... Elmo de prata aberto guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e cores das armas. Timbre dos Sás que é um bufalo nascente xadrezado de negro e prata armado e com uma argola nas ventas, tudo do mesmo metal e por differença uma brica vermelha com um farpão de prata. Lisboa 18 de Agosto de 1784»(177).
 Encontra-se este escudo no cemitério de Bragança, aberto em mármore, no jazigo da «Familia Novaes e Sá», onde está sepultado o doutor Joaquim Guilherme Cardoso de Sá, neto do agraciado.
 Também no mesmo livro do Registo da Câmara de Bragança, fol. 189 v., se encontra a portaria de 9 de Junho de 1826, registada no ano de 1859, que concede a Tomás Carlos Leopoldino Cardoso de Sá, filho legítimo do conselheiro José António de Sá, fidalgo da Casa Real, 1$600 réis de moradia por mês e um alqueire de cevada por dia. Foro e moradia que por seu pai lhe pertenciam.
 O doutor José António de Sá era filho de Luís Francisco de Sá e de D.Catarina Rosa de Castro.
 Neto paterno de Francisco de Sá e de D. Ana da Paz.
 Neto materno de Manuel de Passos Furtado e de D. Isabel de Castro.
 Chegou a receber ordens menores em 1777, como se vê do respectivo processo arquivado no Museu Regional de Bragança.
 Faleceu em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1815.
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 (171) Todas estas notícias referentes às freiras são extraídas dos respectivos processos arquivados no Museu Regional de Bragança, maço Freiras de Santa Clara de Vinhais.
 (172) BORGES, José Cardoso – Descrição Topográfica da Cidade de Bragança notícia XI, «Dos Morgados», § 21, fol. 309 (mihi).
 (173) Livro 8 das Mercês de El-Rei D. Pedro II, fol. 355, in Dicionário Aristocrático.
 (174) Livro 11 das Mercês de El-Rei D. João V, fol. 457 v., in Dicionário Aristocrático. No exemplar deste dicionário que possuo, adiante do nome Rodrigo Caldeirão há uma nota manuscrita que diz: «que foi lente em Coimbra».
 (175) Livro 13 das Mercês de El-Rei D. João V, fol. 20, in Dic. Aristocrático.
 (176) Ibidem, fol. 21.
 (177) Livro do Registo da Câmara Municipal de Bragança, fólio 190. Ver a sua bibliografia no volume que consagramos aos escritores. O seu título de fidalguia está registado no Cartório da Nobreza, livro 3, fol. 153.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

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