Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Gostava de sentir a nostalgia dos potes cozendo a galinha, os ossos do porco, no prenúncio das alheiras que em breve haviam de alourar nas brasas de carrasco.
Gostava de sentir o cheiro do passado. O caldo quente, as massas em forma de letras e o céu estava tão perto.
Depois a missa do galo…. a noite fria… chegar a casa… e o pão de trigo, a alheira assada falavam da mãe que sabia tudo, até faz as melhores alheiras… e ficaria para sempre!
… hoje os mesmos potes cozem as mesmas galinhas, as mesmas carnes de porco. A alheira é a mesma e assa no vagar da lareira… aloura… mas o céu já está tão longe!
Os potes , as noites frias, a lareira, as alheiras a assar nas brasas de carrasco, são as mesmas… e alouram!
… eu é que mudei!
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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