sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Inteligência Artificial vai determinar competitividade das empresas mas PME da região ainda estão longe deste processo

 São poucas as pequenas e médias da região que usam inteligência artificial


Ontem, no terceiro ciclo de apoio ao empresário, o uso da inteligência artificial e os benefícios que pode trazer para os negócios foram discutidos.

De acordo com o representante da Google em Portugal, Bernardo Correia, os próximos meses vão ser importantes para determinar a competitividade das empresas. “Os passos que damos nos próximos 12 ou 24 meses são passos que vão ser decisivos para a competitividade das nossas empresas. Esta tecnologia é essencialmente uma ampliação da nossa capacidade de fazer mais, em menos tempo, e se conseguirmos aplicar isso às PME da região, do país ou da União Europeia, conseguimos produzir ganhos económicos gigantescos para as regiões e para os países”, destacou.

Em Portugal apenas 7% das pequenas e médias empresas usam inteligência artificial. Um investimento necessário, mas José Gonçalves, antigo director da Accenture, reconhece que é dispendioso e que se as empresas quiserem tornar-se competitivas vão ter que se juntar. “Estas tecnologias são caras, é preciso ter gente muito qualificada para as conseguir implementar e utilizar e, portanto o desafio não é fácil. Por isso, eu acho que passa muito pelas empresas juntarem esforços. Se me pergunta cada PME vai conseguir ter capacidades digitais que façam a diferença, tenho muitas dúvidas”, apontou, salientando que a solução passa por uma “capacidade de partilhar investimento entre várias PME”.

Segundo a presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança, Maria João Rodrigues, há ainda muitas empresas que nem usam o online. “Falta formação dos empresários e faltam apoios do Governo para investir na inteligência artificial. Nós temos de ir para outro patamar e esse patamar nas nossas empresas ainda não existe. Falta abertura para criarmos, por exemplo, vendas online, plataformas”, referiu.

Esta foi a última de três sessões do ciclo de apoio ao empresário, organizado e promovido pela empresa MB-UP, consultoria, com o apoio da Associação Comercial e do NERBA- Associação Empresarial do Distrito de Bragança.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Sem comentários:

Enviar um comentário