O mirandês é a segunda língua oficial de Portugal, desde 1999, e há cada vez mais gente a querer aprendê-lo. É uma tendência que contraria um estudo da Universidade de Vigo, que diz que a língua pode desaparecer dentro de poucos anos
A Associação da Língua e Cultura Mirandesa lançou, em 2020, cursos on-line para quem queira aprender a falar e escrever mirandês e, segundo o presidente da associação, Alfredo Cameirão, a aceitação tem sido tão boa que o décimo curso está prestes a começar. “Houve um curso, o primeiro, que funcionou com 40 alunos, mas 40 é demais, porque não permite a participação e a interacção que nós achamos que é desejável. Agora, o máximo de alunos é 20, por cada curso, e no primeiro de nível II houve tantas inscrições que tivemos de abrir dois em simultâneo”.
Até agora já houve cerca de dez cursos de nível I e três de nível II. Tal como no começo dos cursos, os interessados em aprender a língua chegam de toda a parte do mundo. “Havia e há alunos de toda a parte, de todos os continentes, gente dos mais desvairados lugares, que nós não conhecíamos de lado nenhum, e sem nenhum contacto com a terra, alguns crioulos, outros linguistas, assim como muitos mirandeses na diáspora”.
Recentemente foi lançado o primeiro e-book em mirandês, uma ferramenta que vai começar a ser utilizada nos cursos. O livro digital é composto por 15 contos escritos, que podem também ser ouvidos no Spotify.
O próximo curso começa no dia 7 de Janeiro.
Jornalista: Carina Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário