quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Em duas décadas número de alcateias reduziu 8% em Portugal

 O número de alcateias, em Portugal, reduziu 8%, nos últimos 20 anos. É o que avança o Censo Nacional do Lobo 2019/2021, divulgado esta semana pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas


Segundo o censo, que há muitos meses o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas dizia estar pronto, mas que só foi conhecido esta segunda-feira, a área de presença do lobo ibérico em Portugal reduziu 20%, nas duas últimas décadas, nomeadamente na região de Trás-os-Montes e a sul do rio Douro.

O número de alcateias detectadas decresceu 8%, tendo caído em três dos quatro núcleos. Em Bragança a diminuição é de 12%. Em 2002/2003 havia 25 alcateias e agora há 22.

Segundo o relatório, a diminuição, além de Bragança, verificou-se no núcleo Alvão/Padrela, em que o número de alcateias estimado sofreu uma redução superior a 50%, caiu de 13 para seis. A sul do rio Douro caiu de nove para seis. A diminuição é de 33%.

Já no núcleo Peneda/Gerês registou-se um aumento de alcateias, passou-se de 16 para 24.

O número de alcateias detectadas sofreu uma ligeira redução, a nível nacional, desde o censo nacional 2002/2003, tendo passado de 63 para 58.

O trabalho de campo para determinar a presença de lobo e de alcateias, bem como da sua reprodução, decorreu entre Junho de 2019 e Outubro de 2021.

Durante o Censo Nacional de Lobo 2019/2021, foram detectadas 58 alcateias, das quais se confirmou a presença de 56 e se considerou provável a presença de duas. A grande maioria ocorre a norte do rio Douro, distribuídas por três núcleos populacionais (Peneda/Gerês, Alvão/Padrela e Bragança), existindo apenas cinco a seis alcateias no núcleo populacional que ocorre a sul deste mesmo rio.

Refira-se que, este mês, a Convenção de Berna, subscrita por Portugal, determinou a diminuição do estatuto de protecção do lobo.

Tentámos chegar à fala com a directora regional do ICNF, Sandra Sarmento, mas, para já, ainda não foi possível.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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