Ao final da tarde de segunda-feira, a corporação de Bragança tem, ainda, seis equipas na rua a tentar retirar água de garagens e adegas.
"As ocorrências mais persistentes são relativas a inundações, essencialmente em caves e adegas. Desde domingo ao início da noite até ao final da tarde desta segunda-feira tivemos mais de duas dezenas de pedidos de ajuda. Houve três quedas de árvores, uma delas de grande porte, que foram, no entanto, removidas durante a noite. Esta segunda-feira já não se registou qualquer ocorrência deste género. Temos, ainda, na rua, seis equipas a tirar água em locais distintos da cidade", adiantou ao Mensageiro o Comandante dos Bombeiros de Bragança, Carlos Martins.
O mesmo responsável sublinha que "não houve feridos mas há a registar alguns danos materiais em veículos que estariam nas garagens que ficaram inundadas e, ainda, numa loja que tinha material novo que acabou por ficar danificado".
Apesar dos constrangimentos, Carlos Martins sublinha que são os habituais nesta época do ano. "Estas ocorrências são normais. Em alguns sítios, conseguimos mesmo antecipar-nos à inundação. O que se notou é que houve locais que nunca tinham ficado inundados. Alguns prédios não teriam bomba para escoar a água do fosso do prédio. E outros têm bomba mas por algum motivo deixou de funcionar ou a bomba foi insuficiente para o caudal que se verificou e acabam por ter de ser os bombeiros a reforçar", frisou.
De acordo com o Comandante dos Bombeiros de Bragança, houve, ainda, uma situação de inundação na Av. das Forças Armadas que, no entanto, ficou resolvida em pouco mais de uma hora.
"Conseguimos antecipar-nos na zona da Flor da Ponte. No entanto, na zona da Braguinha, devido à acumulação de folhas e ramos devido ao forte vento, taparam-se as sarjetas e a Av. das Forças Armadas ficou alagada junto ao jardim. Mas, cerca da meia-noite de ontem já não havia água numa das vias e, na outra, circulava-se por uma das faixas. Conseguimos resolver em cerca de uma hora", concluiu.
A pergunta que deixo no ar, que não é uma crítica, é a seguinte: - O que é que se aprendeu? As folhas caem no Outono. As sarjetas têm que ser limpas antes das chuvas. Porque razão nunca se faz esta mantenção/prevenção? Tanto "folclore" e desleixam-se as "coisas" verdadeiramente importantes para o bem-estar das populações. Eu compreendo... os votos. Limpar sarjetas não dá votos. Uns foguetes no ar e uns fados e guitarradas... devem dar e ficam bem mais caros. Quando formos adultos vamos aprender a zelar pela urbe. Sempre a mesma treta, sempre os mesmos problemas... sempre a inépcia de quem deveria gerir e prevenir... pode ser que para o ano que vem não chova... BVB, a população está sempre de braço dado convosco. Era bem que as instituições, para além dos apoios financeiros (do nosso bolso), se preocupassem em evitar que tivesseis tanto trabalho. Quanto menos trabalho tiverem os Bombeiros... melhor para todos.
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