sexta-feira, 6 de junho de 2025

“Portugal Vermelho” é a mais recente obra de Pedro Catalão Moura

 “Portugal Vermelho” podia contar uma história verdadeira, mas não conta. É o mais recente livro de Pedro Catalão Moura, “fresquinho” só tem uma semana e meia e o seu segundo, depois de ter publicado, o ano passado o seu primeiro thriller, “Quando o Vaticano Caiu”, precisamente há um ano.


O autor é escritor nas horas vagas e a literatura, assume-se como um hobby. Natural de Torre de Moncorvo, de 30 anos, e com uma vida profissional ligada à pesquisa científica, uma vez que é Licenciado em Engenharia Biomédica pela Universidade Nova de Lisboa nesta área.

Falamos com o jovem escritor, Pedro Catalão Moura, para perceber afinal que “Portugal é este vermelho”?:

“Este livro é uma distopia histórica, portanto, no fundo, é um livro que conta uma realidade alternativa daquilo que realmente aconteceu. E, em concreto, uma realidade alternativa a um facto histórico do nosso país. E, portanto, o que o livro trata é a possibilidade de, depois do 25 de abril, Portugal, em vez de ter tornado uma democracia, ter virado à esquerda e ter se tornado, de facto, um regime comunista. Nós não estivemos, assim, tão longe de acontecer, ou pelo menos houve quem tivesse tido intenções de tal, de implementar um regime novo em Portugal, portanto, virar de uma extrema direita a uma extrema esquerda.

Graças a Deus, felizmente, não aconteceu, mas não estive assim tão longe.

Portanto, no livro isso acontece e, portanto, temos um conjunto de personagens históricas que, de facto, dão aso a essa possibilidade. E Portugal está imerso num regime comunista apoiado pela União Soviética e, portanto, temos, de facto, uma realidade alternativa”.

O livro conta com diversas figuras histórias, como Mário Soares, Otelo Saraiva de Carvalho, Frank Carlucci, e Valdimir Putin:

“Exato, Mário Soares, Otelo Saraiva de Carvalho, Frank Carlucci, que foi o embaixador dos Estados Unidos em Portugal na altura, e também Vladimir Putin, que é conhecido de todos nós, neste momento, não pelas melhores razões. Mas que se passeava na altura em que o livro se passa, enquanto jovem agente KGB por uma Lisboa que, no livro, é uma Lisboa comunista. Isto porque ele, nessa altura, era um jovem agente KGB que esteve na Alemanha, uns quantos anos ao serviço da União Soviética, e eu pensei, bom, se ele esteve numa Alemanha comunista, poderia muito bem ter vindo a um Portugal comunista, e por que não? E portanto, temos de facto todas essas personagens fortíssimas a fazer das suas em Lisboa”.

No entanto, há sempre um alerta nos seus livros:

“E portanto tento de facto abordar no problema que hoje em dia é tão atual. Uma vez que de estamo outra vez a voltar a ter algum apreço por certas ideologias extremadas, tanto para um dos lados quanto para o outro. E portanto eu tento sempre ter alguma contemporaneidade nos livros precisamente por isso, para alertar para alguns dos problemas, neste caso em concreto, do perigo deste tipo de pensamento político e destes regimes que tanto se querem impor ainda hoje.

Não nos podemos esquecer que há 50 anos, não foi ontem, estamos a falar há 50 anos, Portugal era uma ditadura, não é? E portanto parece que nós estamos assim tão longe de outro regime se implementar”.

E conta qual tem sido o feedback do público:

“É curioso! No primeiro, por exemplo, eu tinha algum receio porque mexia com a questão da igreja, não é? Eu tinha algum receio que as pessoas mais ligadas à igreja se sentissem de alguma forma visadas, que não é o caso de todo no livro. Não tencionava, de facto, visar nem crentes nem não-crentes.

Neste caso, curiosamente, têm chegado feedbacks muito bons e um ou outro menos bom, porque há pessoas que lendo o livro acham que o livro é um ataque direto à esquerda ou ao comunismo, ou algo do género. Não é de todo, não é de todo um ataque. Tem chegado uma outra opinião de pessoas que veem a política quase como clubes de futebol, que não são positivas. A esmagadora maioria, graças a Deus, tem dado um feedback muito positivo do livro, tem gostado muito de conhecer esta realidade alternativa e de facto reconhecem o valor que é alertar para os perigos deste tipo de regimes.

Portanto, o feedback, a receção dos leitores tem sido muito boa”.

Pedro Catalão Moura nasceu em 1995, em Torre de Moncorvo, e vive atualmente em Lisboa. Para além de ser licenciado, também é mestre e doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade Nova de Lisboa.

A obra foi editada pela Editora Saída de Emergência, uma editora que apoia autores desconhecidos.

O livro vai ser apresentado na Feira do Livro, em Lisboa, no próximo dia 19 de junho. E também está ser acertada uma apresentação para a sua terra natal.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

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