domingo, 30 de novembro de 2025

Restauro da natureza avança em Trás-os-Montes

 Medidas piloto para recuperar rios e a instalação de caixas ninhos para aves, casas para insetos e abrigos para morcegos são apenas algumas das acções previstas para algumas zonas de Trás-os-Montes, anunciou esta semana a Palombar.

Foto: Joana Bourgard

projeto OET Durius – Observatório Ecológico Transfronteiriço do Douro, através dos parceiros Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) e Palombar – Conservação da Natureza e do património Rural, vai avançar com a implementação de medidas piloto no terreno para promover o restauro ecológico, “gerando benefícios para as comunidades locais e a conservação da natureza”, segundo um comunicado da Palombar.

O anúncio foi feito a 25 de novembro no Fórum Internacional da Biodiversidade organizado pela CIM-TTM em Miranda do Douro.

As medidas serão implementadas em áreas de duas Zonas de Proteção Especial (ZPE) da Rede Natura 2000, Rios Sabor e Maçãs e Douro Internacional e Vale do Águeda, e em zonas periurbanas nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro, como a área do rio Fresno e a Ribeira do Juncal.

Em causa estão o restauro ecológico de galerias ripícolas, vegetação ribeirinha, instalação de infraestruturas verdes como caixas ninhos para aves, casas para insetos, abrigos para morcegos, entre outras medidas.

Estas “são medidas fundamentais não só para conservar a biodiversidade, como também para melhorar a qualidade de vida das comunidades locais, visto que contribuem para o controlo de insetos vetores de doenças e pragas, aumento de polinizadores essenciais para a atividade agrícola e qualidade da água”, sublinha a associação.

Durante o Fórum, os especialistas e os parceiros do projeto OET Durius consideram que para fazer face às grandes questões socioeconómicas e ambientais atuais, “é fulcral apostar num restauro ecológico que promova a conservação da biodiversidade, gerando benefícios efetivos para a sociedade”.

“É igualmente essencial desenvolver uma visão estratégica, multissetorial e de governança partilhada entre cidadãos, organizações e entidades públicas e privadas, de forma a potenciar os serviços de ecossistemas que a natureza proporciona a custo zero, e ao mesmo tempo compensar economicamente as atividades humanas e os agentes do território que atuam seguindo práticas que a conservam e protegem, com ganhos mútuos e partilhados.”

projeto OET Durius (2024-2027) tem como objetivo principal criar o Observatório Ecológico Transfronteiriço do Douro, com vista a restaurar, proteger e conservar os ecossistemas, a biodiversidade e a sua conectividade no corredor ecológico do rio Douro. É financiado em 75% pelo programa Interreg VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027 da União Europeia.

Nele trabalha um consórcio de oito entidades de Espanha e Portugal: Fundação Santa María la Real (entidade coordenadora), Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD), cluster Habitat Eficiente AEICE, Universidade de Salamanca, Câmara Municipal de Zamora, Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) e Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).

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