terça-feira, 22 de junho de 2010

Pelourinho de Outeiro

Esta fotografia do pelourinho de Outeiro, gentilmente cedida pela amiga Clara André, foi tirada de um antigo postal, adquirido numa feira de velharias em Alcobaça.
O pelourinho, levantado no século XVI, assinala os tempos em que a freguesia foi vila e sede de concelho, tendo-lhe sido concedido o foral Manuelino datado de 11 de Novembro de 1514. o Pelourinho foi erguido junto à antiga cadeia, que está hoje em dia transformada num museu etnográfico. Este monumento é Imóvel de Interesse Público, tal como o cruzeiro implantado em frente à Igreja do Santo Cristo. Este marco histórico remonta ao século XVII e testemunha a vivência religiosa por aquelas paragens.
Já a Igreja Matriz, também denominada Igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída no século XIII, está classificada como Imóvel de Interesse Municipal. O nascimento do templo, de estilo original Românico, remonta à época em que El-Rei D. Dinis mandou transferir a povoação de Outeiro para a parte Nordeste do cabeço onde ainda se podem encontrar as ruínas do Castelo. Esta estrutura defensiva fazia parte da linha de fortalezas militares que guardavam, em pleno século XIII, toda a fronteira Norte e Nordeste do Reino de Portugal. O Castelo de Outeiro viria a ser destruído na Guerra dos Sete Anos, altura em que as tropas espanholas, comandadas pelo Marquês de Sarriá, invadiram a Província de Trás-os-Montes. Nunca mais foi reconstruído.


Reza a história que o último governador do Castelo foi José Sarmento Fidalgo da Casa del Rei, natural de Freixo de Espada à Cinta, que se encontra sepultado numa campa rasa existente em frente ao altar-mor do Santuário do Divino Santo Cristo de Outeiro.

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