Esta fotografia do pelourinho de Outeiro, gentilmente cedida pela amiga Clara André, foi tirada de um antigo postal, adquirido numa feira de velharias em Alcobaça.
O pelourinho, levantado no século XVI, assinala os tempos em que a freguesia foi vila e sede de concelho, tendo-lhe sido concedido o foral Manuelino datado de 11 de Novembro de 1514. o Pelourinho foi erguido junto à antiga cadeia, que está hoje em dia transformada num museu etnográfico. Este monumento é Imóvel de Interesse Público, tal como o cruzeiro implantado em frente à Igreja do Santo Cristo. Este marco histórico remonta ao século XVII e testemunha a vivência religiosa por aquelas paragens.
Já a Igreja Matriz, também denominada Igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída no século XIII, está classificada como Imóvel de Interesse Municipal. O nascimento do templo, de estilo original Românico, remonta à época em que El-Rei D. Dinis mandou transferir a povoação de Outeiro para a parte Nordeste do cabeço onde ainda se podem encontrar as ruínas do Castelo. Esta estrutura defensiva fazia parte da linha de fortalezas militares que guardavam, em pleno século XIII, toda a fronteira Norte e Nordeste do Reino de Portugal. O Castelo de Outeiro viria a ser destruído na Guerra dos Sete Anos, altura em que as tropas espanholas, comandadas pelo Marquês de Sarriá, invadiram a Província de Trás-os-Montes. Nunca mais foi reconstruído.
Reza a história que o último governador do Castelo foi José Sarmento Fidalgo da Casa del Rei, natural de Freixo de Espada à Cinta, que se encontra sepultado numa campa rasa existente em frente ao altar-mor do Santuário do Divino Santo Cristo de Outeiro.
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