França é a freguesia mais setentrional do concelho de Bragança, localizando-se junto á orla fronteiriça e abarcando ampla parcela do Parque Natural de Montesinho. Para além da vizinha Espanha, que em ampla extensão lhe serve de limite norte, esta freguesia tem ainda por limítrofes as congéneres Carragosa (a oeste), Rabal (a sul) e Aveleda (a este).
Distante cerca de dezena e meia de quilómetros para norte de Bragança, França tem como principal eixo viário de ligação a Bragança a EN 103-7.
Abrangendo uma alargada superfície montanhosa e planáltica, em plena Serra de Montesinho, o território de França é cortado pelo Rio Sabor e pela Ribeira das Andorinhas. Um pouco a norte da aldeia de Montesinho regista-se a altitude máxima de toda esta área do Parque Natural, especificamente os 1456 metros.
São três os aglomerados populacionais que integram a freguesia de França – a aldeia que lhe dá o nome – França, a aldeia de Montesinho e o Portelo, onde no conjunto se estima que vivam 331 residentes.
A aldeia de França surge aninhada numa prega de terreno, em posição baixa dominada por possantes dorsos montanhosos. Junto ao casario estende-se uma vasta campina, planura verdejante retalhada em pastagens e campos de cultivo, alternância também ela dominante na rústica economia local, dividida entre pastorícia e amanho dos solos.
Centro Hípico
O centro hípico é uma estrutura de lazer, criada pelo Parque Natural de Montesinho, destinada ao ensino e prática da equitação, ocupando um conjunto de lameiros contíguos ao rio Sabor.
Moinho de Água
O moinho de água é um dos numerosos exemplares que pontuam os principais cursos de água da região limítrofe à aldeia de França. Trata-se dum moinho de roda horizontal (rodízio), movida pela força da corrente das águas, outrora utilizado de forma comunitária para a moagem do cereal.
Minas
Existe uma excepcional riqueza oculta no subsolo de França. Contabilizam-se minas de estanho: Chaira da Cruz, Vale da Formiga e Portela da Lameira, três minas de ouro e prata: Covas Altas, Fonte Cova e Vale do Cancelo e uma de ouro – Pingão dos Quintais.
Igreja de Santo António
A Igreja de Sto António localiza-se em plena Serra de Montesinho, junto à ribeira do Vilar, e está situada na extremidade Sul do aglomerado, num adro delimitado por um muro de granito, com o cemitério a Sudoeste.
A igreja é bem representativa de uma arquitectura maneirista, barroca e rococó. É uma igreja alpendrada composta por uma nave, pelas capelas laterais e pela capela-mor. A fachada principal é rematada por um campanário de dupla sineira, a lateral Sul destaca-se pela existência da proporcionada escadaria de acesso ao campanário e pela entrada lateral alpendrada, com tímpano decorado por cruz, talvez uma sobrevivência da primitiva igreja medieval. No interior, a cobertura é de madeira, o púlpito é seiscentista e o baptistério situa-se ao lado do Evangelho. Há referência a esta igreja ter sido construída no século XIII e profundamente remodelada nos séculos XVII e XVIII.
Lama Grande
Lama Grande é o nome atribuído ao ponto mais alto da Serra de Montesinho (1438 metros). Num horizonte dominado por uma continentalidade geradora de extremos climáticos, a paisagem disso é testemunha; parece que só pedras e plantas rasteiras aí medram.
Porém, uma observação mais atenta mostra-nos alguns lameiros e antigas zonas centeeiras.
A terra é ingrata para uso e permanência das gentes, mas generosa para as aves de altitude: indiferentes ao ambiente inóspito, ecoam nas penedias os fortes cantos da sombria-brava e da petinha-campestre.
Sobre as pedras, agitados, os chascos vigiam os seus territórios, que outros consideram agrestes. Mais ariscos, os melros-das-rochas fazem raras aparições, deixando-nos apreciar uma plumagem dominada por azuis e laranjas, aparentemente mais próprios de climas afastados dos rigores serranos.
in: viagenstravel.com
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