Espinhosela dista cerca de catorze quilómetros para noroeste da cidade de Bragança. Encaixada na orla setentrional concelhia, fazendo parte integrante do Parque Natural de Montesinho, Espinhosela abarca uma ampla área que se alonga, em forma sub-rectangular, no sentido norte-sul e vai confinar pelo norte com o território da vizinha Espanha.
Sita uma vez mais, em zona planáltica, com altitude média que ronda os setecentos metros, a freguesia de Espinhosela detém excelentes trechos de paisagem serrana, cortada e banhada, junto aos limites ocidentais, por um pequeno afluente da margem esquerda do Tuela – o rio Baceiro.
Com as suas nascentes a norte, já em território galego, este curso de água constitui-se com um óptimo rio truteiro.
Espinhosela foi muito provável que já no período Neolítico local de fixação de pequenos núcleos humanos. É deveras interessante a génese e evolução paroquial de Espinhosela, que contará actualmente com cerca de 410 habitantes.
Para além do lugar central, que lhe conferiu a designação, a freguesia inclui ainda as povoações de Terroso, Cova de Lua e Vilarinho, as quais foram já, por sua vez, sedes de antigas freguesias invocadas respectivamente a S. Tomé, Sta. Comba e S. Ciprião.
Ruínas da Capela da Senhora da Hera
As Ruínas da Capela da Senhora da Hera estão situadas no vale da ribeira das Covas, entre Carvalhais e Mato. Estas ruínas dizem respeito a uma parede com um vão, do que poderá ter sido um arco quebrado. Pertenceram a uma pequena capela medieval, com uma nave, com presbitério e com uma estrutura complementar anexa, de forma rectangular. Nas fachadas a Norte, a alvenaria é de xisto e na fachada principal, orientada a Oeste, existem vestígios de um portal axial, com indícios do uso de cantaria de granito na guarnição dos cunhais e das jambas do portal, e na fachada Sul, observa-se ainda o vão correspondente à porta travessa, com soleira em cantaria de granito.
Caleiras e Fornos da Cal
Existia em Cova da Lua um conjunto de caleiras e fornos de cal. Os afloramentos calcários de Cova da Lua foram explorados em regime familiar e em moldes artesanais para produção de cal, até meados do século XX. Depois de extraída e britada a pedra, esta era calcinada conjuntamente com torgas (raízes de urze) nos fornos aqui construídos, transformando-se em cal. Os fornos de Cova da Lua abasteceram durante largos anos os mercados regionais. O abandono e a correcção ao traçado da E308-3 arruinaram os sete fornos aí existentes, tendo sido necessária a recuperação de dois deles para que a memória dessa actividade não caísse definitivamente no esquecimento.
Pombais de Cova da Lua
No aro das aldeias e de forma dispersa, pequenas construções de cor branca – os pombais – salpicam a paisagem chamando desde logo a atenção pelas suas formas peculiares, normalmente em ferradura ou, mais raramente, circulares.
in:viagenstravel.com
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