A Ribeira de Salselas e o Rio Azibo, em Macedo de Cavaleiros, são dois pólos de interesse para a Biologia. No sábado, um grupo constituído por biólogos e amantes da biologia percorreram dois meios aquáticos, à procura de répteis e anfíbios, na grande maioria desconhecidos aos olhos do comum cidadão.
Uma iniciativa da Ecoteca de Macedo de Cavaleiros e da Ciência Viva.
Grande parte dos participantes está ligado à Biologia, sobretudo à Educação, e procuram nestas formações práticas, inseridas no meio ambiente, encontrar exemplos e material para a sala de aula. Na ribeira de Salselas e na zona da abandonada aldeia de Banrezes abundam os exemplares de répteis e anfíbios.
Sérgio Ribeiro, biólogo e formador nesta acção, sublinha que muitos desconhecem a diversidade destas zonas.
“Há espécies que são naturais da Península Ibérica. Só há realmente em Espanha e em Portugal. Também temos espécies que só há em Portugal… Esta actividade, no fundo, pretende dar a conhecer aquilo que há, pretende também tentar encontrar algumas espécies e observá-las e pretende desmistificar esses mitos que há à volta de anfíbios e répteis: que são animais venenosos, que fazem mal… No fundo mostrar que isso não corresponde à verdade e tentar sensibilizar as pessoas”, explicou.
Anfíbios e répteis são cientificamente abordados em conjunto, mas são completamente distintos. O biólogo explica qual a diferença.
“Os répteis são um grupo animal que já venceu no meio terrestre. Há espécies que vivem em parte na água, mas por opção. São animais perfeitamente adaptados ao meio terrestre, respiram por pulmões, têm a pele revestida, normalmente por escamas… Os anfíbios não. Têm uma fase com guelras, respiram oxigénio da água e só depois de sofrerem a metamorfose é que têm uma vida terrestre, adquirem pulmões… Essa é a grande diferença”.
Márcia Moreno veio do Porto exclusivamente para esta caminhada biológica. Teve conhecimento do evento pelo site da Ciência Viva. Não é a primeira vez que está em Macedo de Cavaleiros, e por isso louva que nunca tenha repetido uma actividade.
“São actividades super interessantes e sempre diferentes. Costumo vir a esta actividade e a outras. Repito actividades mas nunca são repetidas. Aprende-se muita coisa, vê-se muita coisa e sempre diferente”, contou.
Além do Biólogo Sérgio Ribeiro, a saída de campo da Biologia, da Ecoteca de Macedo de Cavaleiros, contou com as explicações do investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Pedro Teiga.
Escrito por CIR
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