A implementação do programa AVRA da ADDB (Associação dos Diabéticos do Distrito de Bragança) no concelho de Alfândega da Fé já permitiu concluir que o município tem um risco sensivelmente elevado de propensão para a doença.
O “Adoçar a vida reduzindo o açúcar” pretende diminuir em 5% o número de potenciais diabéticos e por isso analisa a tendência para a doença e faz educação na comunidade.
Apesar de vir a ser desenvolvido também em Macedo de Cavaleiros e Mogadouro, Alfândega da fé está a ser o concelho-piloto.
Os números não são rigorosos, porque nem todo o concelho de Alfândega está ainda estudado, mas os primeiros dados permitem concluir que Gebelim, Sambade e Covelas são as localidades com risco sensivelmente elevado e Vilarelhos e Parada com risco alto.
Conclusões apresentadas no Fórum da ADDB “Mais vale prevenir do que remediar”, que decorreu em Macedo de Cavaleiros.
Berta Nunes, autarca de Alfândega da Fé, considera o AVRA um projecto interessante porque ajuda na prevenção da diabetes.
“Acho que é muito interessante, porque está a tentar detectar pessoas com elevado risco de diabetes, para possam ser ensinadas e possam alterar o seu estilo de vida, para que possam prevenir a diabetes fazendo exercício físico, alimentando-se de forma correcta, entre outros”.
O número de doentes diabéticos em Alfândega da Fé ronda os 10% da população, ou seja, cerca de 500.
“Penso que no concelho de Alfândega o número de diabético é semelhante ao resto da região, ronda os 10%. Está em linha com a percentagem de diabéticos na comunidade, mas as pessoas que estão em risco é que são muito mais”.
Além de fazer o levantamento do número de diabéticos e de pessoas com propensão para a diabetes, o AVRA pretende ainda espalhar informação acerca da doença. Em Alfândega da Fé funciona em parceria a Liga de Amigos do Centro de Saúde.
O AVRA foi apresentado no 4º Fórum Distrital da Diabetes, organizado pela ADDB, onde esteve também presente o médico Pinto da Costa. O professor pretendeu desmistificar a doença, que na sua opinião pode mesmo deixar de ser encarada como uma patologia, quando o doente controla devidamente os factores de risco.
“Uma pessoa pode estar com dois gramas, dizemos-lhe para ir dar uma volta e não tomar nada e a desce para um grama, porque os factores psicológicos influenciam muito. Há factores alimentares, estilos de vida, preocupações e obesidade”.
Combater a diabetes, que atinge já 5% da população nacional, passa pela organização de sessões de esclarecimento como o Fórum da ADDB.
“Todo o tipo de informação é indispensável. A informação é o primeiro passo para haver conhecimento. Em relação à diabetes é fundamental que possam saber que podem viver felizes se controlarem a doença”.
Há 171 milhões de diabéticos no mundo e prevê-se que este número duplique até 2030.
Escrito por CIR
in:brigantia.pt
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