Bragança vai aderir à Associação Living Lab para a Construção Sustentável.A novidade foi avançada esta quarta-feira pelo presidente da câmara, à margem de um encontro da Living Lab para promover a construção sustentável, sobretudo na recuperação de casas degradadas. “É nossa intenção vir a fazê-lo” pois “trata-se de uma evolução sintonizada com o Parque de Ciência e Tecnologia e com um dos seus pilares que é a eco-construção o que significa que temos de agregar mais competências neste âmbito” refere Jorge Nunes, salientando que “Bragança precisa de acompanhar o que de mais avançado se faz em termos de organização associativa na área da construção bioclimática”.
Este encontro reuniu em Bragança vários especialistas em construção. O objectivo é divulgar informação sobre a melhor forma de construir de forma a poupar energia no dia-a-dia.A Sustainable Construction Living Lab é uma associação, constituída há um ano, de empresas e instituições de toda a Europa, que tem um único objectivo, tornar a construção de casas mais amiga do ambiente e com melhor aproveitamento energético.E, numa altura em que se aposta cada vez mais na reabilitação urbana, esta questão ganha ainda maior importância.“A tendência global é que nós só reparamos aquilo que está estragado como é o caso de uma infiltração.
A nossa saúde foi muito afectada pelo facto de as nossas casas não serem exactamente construídas para o nosso clima e essa realidade mantem-se e nós temos uma grande oportunidade o desempenho das nossas casas quando intervimos com a reabilitação” refere arquitecta Lívia Tirone, do conselho directivo desta associação.A responsável sublinha que continua a haver muitos erros na construção e recuperação de casas, que, muitas vezes, podem conduzir mesmo à morte.“Esquecem-se que precisam de isolar termicamente as suas casas e em Bragança haver casas sem isolamento térmico é um erro muito grave e muito comum” considera. “Quando começaram a aparecer os primeiros regulamentos na área da energia defendia-se a calafetagem de janelas mas assim matamos pessoas porque todos os anos morrem pessoas por envenenamento porque utilizam fontes de combustão que não são saudáveis” refere.
E a construção sustentável implica também um melhor desempenho energético dos edifícios. Desde 2007, foram já certificados cinco por cento dos edifícios em todo o país.Bragança está um pouco abaixo da média. Mas Rui Fragoso, da Agência para a Energia, acredita que a certificação traz mais-valias aos proprietários.“Antes do sistema entrar em vigor os proprietários não tinham muita informação sobre como é que o seu edifício se iria comportar em termos de conforto e de custo e desempenho energético” afirma. “Alargou-se o leque para esta área de energia, o proprietário passa a ter uma informação detalhada nestas vertentes e consegue avaliar que imóvel será mais atraente para ele sabendo que os que têm uma classe energética mais elevada comportar-se-ão muito melhor em termos de conforto e gastarão menos energia para suprir essas necessidades de climatização e água quente sanitária” acrescenta.
Mesmo assim, os peritos acreditam que as casas saem valorizadas com uma maior certificação energética.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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