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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Casas e tradições atraem jovens à Aldeia de Atenor

Atenor, aldeia transmontana de Miranda do Douro, é uma exceção à desertificação do interior do país, graças à fixação de jovens casais na terra num projeto de dinamização das tradições da Junta de Freguesia.
Nos últimos anos, oito casais jovens fixaram-se na aldeia com pouco mais de uma centena de habitantes, apostando em projetos profissionais inovadores, ligados às artes ou às práticas tradicionais.
A recuperação de casas tradicionais transmontanas, ações de dinamização cultural e promoção turística da aldeia e da sua relação com o património mirandês foram as chaves de uma estratégia autárquica que começou a dar resultados.
"Viver no interior tem os seus aspetos positivos” embora hajam “dificuldades como em todos os lados”, explica a engenheira do Ambiente Diana Caramelo, que deixou a Guarda há seis anos para residir na aldeia onde dirige a Associação Cultural "Lérias", que também explora o único café da terra.
Em paralelo, Diana Caramelo iniciou uma escola de música tradicional para todas as idades enquanto o seu marido, António Caramelo, trabalha como designer gráfico.
Um regresso de gentes às ruas até há pouco desertas é algo que dá confiança no futuro da aldeia junto dos mais idosos. É uma “malta bem vinda", que traz "sangue novo”. Se não fossem eles restavam três ou quatro velhotes na aldeia", afirma Francisco Pêra, de 73 anos.
E há quem troque a capital pelo ar frio do nordeste. O músico e antropólogo Ricardo Santos, com cerca de 30 anos, virou as costas a Lisboa e optou por viver em calma, mais perto da natureza.
“Sempre privilegiei meios urbanos mais pequenos e para mim aquilo que é qualidade de vida consigo-o encontrar mais depressa aqui, que numa grande cidade\\", justifica o músico de gaita de foles, conhecido como \\"professor Ricardo\\" pelos mais velhos mas também por Cláudia Costa, com cerca de 20 anos, que também veio de Lisboa para Trás-os-Montes.
\\"Estou a viver na aldeia há cerca de um ano e, como gosto de ouvir gaitas de foles, demonstrei interesse em aprender”, disse Cláudia Costa, que trabalha como fotógrafa.
Para o presidente da Junta de Freguesia, Moisés Pêra, a estratégia destas terras mais pequenas deve passar por captar novos habitantes que valorizem as vantagens da ruralidade.
É “nas aldeias do interior que poderá estar o futuro, já que as pessoas que vêm de fora têm outra forma de encarar as coisas\\", explica.
A qualidade de vida mas também a proximidade de vias estruturantes como o IC5 que liga Miranda do Douro e o litoral fazem da aldeia um caso de sucesso.
“Sou uma das pessoas que acreditam que a região pode tirar partido da crise que o país e a Europa atravessam”, confia Moisés Pêra, olhando para o futuro com um bocadinho mais de esperança que as aldeias vizinhas.

Lusa

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