A cooperativa agrícola de Alfândega da Fé foi alvo de buscas da Polícia Judiciaria. Uma situação confirmada à Brigantia pelo presidente da cooperativa.
Os elementos da PJ estiveram nas instalações da cooperativa na última quarta-feira, em busca de documentos relativos às actividades da cooperativa.
Em causa está uma denúncia anónima, que chegou à PJ em Setembro de 2011, que visa um dos directores e um outro membro dos órgãos sociais, que entretanto já abandonou a cooperativa, como explica Eduardo Tavares.
“Acusam-nos e fazem uma difamação dos directores. Dizem que roubamos azeite, cereja, etc. Acho que é um acto difamatório. Mas já aproveitei para falar com os órgõs sociais e estamos tranquilos”, garante.
Em causa estão suspeitas de enriquecimento ilícito.
O presidente da cooperativa não entende os motivos da denúncia pois sublinha que tem havido um grande investimento na instituição nos últimos anos.
“Em 2003 a casa estava quase para fechar, havia dívidas à banca e o passivo rondava o 1 250 000 euros e já não se pagavam campanhas há três anos. Temos vindo a recuperar a cooperativa. Já reduzimos a dívida em 500 mil euros e já investimentos outros 500 mil no lagar e agora temos este tipo de recompensa”, lamenta.
Eduardo Tavares rejeita, no entanto, a ideia de que este processo tenha a ver com as eleições na cooperativa, marcadas para Março deste ano.
E anuncia que não se vai recandidatar. “Estou há seis anos na direcção e as pessoas não se devem agarrar aos lugares. Já há algum tempo que venho lançando o desafio porque tem de haver novas ideias e novos projectos. Estou em crer que vai aparecer uma nova equipa. Mas isto era uma decisão que já estava tomada há muito tempo.”
Eduardo Tavares a garantir que a saída da cooperativa nada tem a ver com as buscas ali efectuadas na semana passada pela PJ.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
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