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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Foz Tua: Bloco diz que Cultura está a ser "ignorada" e quer explicações do Governo


O Bloco de Esquerda considerou hoje que "a Cultura está a ser ignorada" no processo da barragem de Foz Tua e que o Governo deve esclarecer se desistiu da classificação do Alto Douro Vinhateiro em prol da hidroelétrica.
Esta é uma das perguntas feitas pela deputada bloquista Catarina Martins ao Ministério da Economia, numa iniciativa parlamentar divulgada hoje e que surgiu depois de o secretário de Estado da Cultura ter dito que desconhece o projeto do arquiteto Souto Moura para "esconder" os impactos da central elétrica na paisagem classificada Património da Humanidade.
Francisco José Viegas disse à Lusa, numa deslocação recente ao Nordeste Transmontano, que "não compete" à sua tutela dar parecer sobre este projeto e que "os pareceres que a Cultura tinha de dar sobre esta barragem "já foram todos dados há muito tempo" e "foram negativos".
Na pergunta, por escrito, dirigida ao ministério da Economia, o responsável pelo plano nacional de barragens, em que se inclui a do Tua, o Bloco de Esquerda lembra as declarações recentes do secretário de Estado da Cultura e que "o Governo afirmou que iria enveredar todos os esforços para preservar a classificação" quando se conheceu um parecer de um organismo da UNESCO no sentido de que a barragem afetaria de forma irreversível a zona classificada.
"A notícia de que a tutela da Cultura foi afastada e mesmo ignorada em todo este processo demonstra o contrário", defende a deputada Catarina Martins na iniciativa parlamentar em que pergunta se "o Governo desistiu da preservação da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade".
A deputada quer também saber "como justifica o Governo que não seja dada à tutela da Cultura conhecimento do projeto para a barragem e que os pareceres negativos da tutela da Cultura não sejam respeitados".
Quer ainda saber se "o Governo ponderou as consequências para a região e para o país da perda da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade".
A barragem de Foz Tua começou a ser construída há um ano na foz do rio Tua com o Douro, em Trás-os-Montes, depois de ter recebido um parecer favorável, mas condicionado, por parte do Ministério do Ambiente que impôs a cota mínima e um conjunto de medidas compensatórias, nomeadamente um plano de mobilidade para substituir a linha do Tua que ficará submersa na albufeira.
O paredão fica no limite da zona classificada, mas a central de produção de energia está projetada já em plena paisagem do Douro Património da Humanidade.
A EDP, concessionária da barragem, contratou o galardoado arquiteto português Souto Mouro para alterar o projeto e "esconder" a central nas escarpas da margem direita do Tua.


HFI
Lusa

1 comentário:

  1. É uma aberração, anegação do sentido de responsabilidade!!!.
    Um bom estudo, isento, sem ser feito por medida, dar-nos ia a conclusão que é o pior sítio para se construir uma barragem.

    A morfologia do terreno, que já deu provas disso, fazendo pagar com a vida de alguns, a localização, interferindo com a paisagem e pondo em causa a classificação do Douro como Património Mundial, deveria merecer todo o respeito de quem tem que decidir.

    Não imperou o sentido de estado, nem a preservação do nosso património!!!

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