Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A enxada que vertia sangue

Local: Vilas Boas, VILA FLOR, BRAGANÇA

Informante: Zulmira Garcia Carvalho (F), 60 anos

Contava a minha mãe que havia um homem em Samões [aldeia próxima de Ribeirinha] que não acreditava que havia Deus. Então, para dar o exemplo ao filho, na Sexta-Feira Santa disse: 
— Levanta-te para irmos trabalhar para a vinha! 
O filho dizia: 
— Meu pai, hoje é Sexta-Feira Santa, é pecado! 
    E ele: 
— Vamos, pois temos de ir! Os dias santos são para os preguiçosos! 
Lá pegaram as enxadas e foram. Os vizinhos, ao vê-los, também lhes diziam: 
— Hoje é um dia santo muito grande! 
Mas ele não ouvia ninguém. Então, quando começou a cavar, a enxada começou a verter sangue. O filho dizia-lhe: 
— Meu pai, olhe tanto sangue na sua enxada! 
E tanto se encheu de razão, que lá parou de trabalhar e foi para casa. Só durou sete dias. Ao fazer sete dias, morreu e a enxada deixou de verter sangue.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais)

Sem comentários:

Enviar um comentário