A Câmara de Miranda do Douro vai criar uma Universidade Sénior (US) para um concelho em que o índice de envelhecimento começa a ser "preocupante".
"O projeto Universidade Sénior de Miranda do Douro é uma resposta social para pessoas com mais de 50 anos, tendo como objetivo manter os interessados ativos e interessados por diversas áreas de estudo do saber", disse hoje à agência Lusa o autarca de Miranda do Douro, Artur Nunes.
Os promotores da iniciativa pretendem com esta experiência social incrementar a "autoestima e gosto pela aprendizagem" em pessoas que ao longo da vida não tiveram um oportunidade de aprender um pouco mais e mesmo tempo proporcionar-lhes a ocupação dos tempos livres.
"A Universidade Sénior insere-se no âmbito da comunicação entre gerações e o intercâmbio de vivências e experiências, bem como no incentivo à transmissão de saberes, através do diálogo e das diferentes formas de expressão, sendo esta uma das áreas prioritárias ao nível de intervenção", acrescentou o autarca.
A autarquia nordestina tem como principal objetivo contribuir para a resolução de problemas que assumem proporções crescentes nos dias de hoje, tais como o problema do isolamento e da solidão, que provocam uma "deficiente" qualidade de vida no mundo rural.
Sendo este o "Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações" pretende-se com este projeto "sensibilizar" as pessoas para o valor do "envelhecimento ativo".
A Universidade Sénior de Miranda do Douro quer ainda dar destaque à língua e cultura mirandesa, contando para o efeito com um grupo de professores que, em regime de voluntariado, vão lecionar um leque de disciplinas relacionadas com estas temáticas.
A Universidade vai funcionar nas instalações deixadas vagas pelo Polo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que funcionou durante cerca de uma década na cidade, chegando a ter um população estudantil superior a 300 alunos.
FYP.
Lusa
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