Projecto-piloto de pastoreio dirigido arranca em Vila Pouca de Aguiar. Os animais, através da ingestão da biomassa, reduzem o combustível para um fogo.
A Associação Aguiarfloresta está a implementar um projecto-piloto de pastoreio dirigido, em Vila Pouca de Aguiar. São utilizadas cabras para a gestão da vegetação e, assim, reduzir os riscos de incêndios florestais.
A associação vai trabalhar com um rebanho de 50 cabras que vai pastorear uma área de 90 hectares no Planalto de Jales.
Duarte Marque, da associação, explicou à Renascença que os animais, através da ingestão da biomassa, reduzem o combustível para um incêndio: “Vamos concentrar os animais em locais estrategicamente identificados como sendo favoráveis à redução do número de ocorrências”.
A opção pelo gado caprino com o facto de se tratar de animais mais robustos, que se adaptam a ambientes mais agrestes, ajustados
a territórios de montanha e que consomem tipos de vegetação que a maioria dos outros animais não consome.
O projecto prevê ainda integrar os pastores daquela região, na gestão do território e defesa da floresta e, ao mesmo tempo, valorizar a pastorícia. A ideia é incentivar a aposta nos produtos associados à actividade, como a carne, leite ou o queijo, com vista à dinamização da economia local.
Nesse sentido, serão criadas plataformas virtuais para a venda destes produtos, criando uma maior proximidade entre os produtores e os consumidores.
O projecto vai dispor de 160 mil euros e vai ter como área de intervenção, nesta primeira fase, o planalto de Jales, em Vila Pouca de Aguiar.
Olímpia Mairos in Renascença
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