As máquinas e camiões que operam na empreitada não puderam trabalhar porque a passagem foi barrada por vários tractores.De recordar que a população reivindica a construção de uma passagem superior naquela zona para o acesso a terrenos agrícolas. Depois de várias diligências feitas pelo movimento de cidadãos, junta de freguesia e câmara municipal, a falta de respostas levou a que a população se manifestasse hoje. “Acabou! Ou resolvem isto ou tapa-se.
Há tractores que não conseguem passar aqui”, refere Carlos Alberto Almoster. “Eu tenho oliveiras e castanheiros aí para trás. Vou numa burrinha. Como é que passo?”, questiona Teresa Assunção Pires, acrescentando que “a passagem superior fazia aqui muita falta”. “Se vier por aqui demoro cinco minutos, se for dar a volta demora um quarto de hora. Mas por aqui é difícil passar.
O meu jipe passa à justa, sem vem uma pessoa temos de esperar que ela passe primeiro para passar eu depois”, explica André Pires.
O representante do movimento de cidadãos diz que a população não teve alternativa se não partir para o corte das obras.“A solução não aparece temos de ir para a força”, afirma José Exposto. “Os nossos governantes têm de tomar posição porque isto já ultrapassa os responsáveis locais.
Dizem que não há dinheiro, então tem de se ir saber dele a Lisboa”, salienta.O presidente da junta de freguesia de Quintela de Lampaças lamenta a falta de respostas da Estradas de Portugal e da concessionária e pede que, pelo menos seja, alargada uma passagem inferior já existente para permitir a passagem de tractores.“Já que não nos fazem a passagem superior então que nos ponham esta em condições para máquinas agrícolas. Que tenha pelo menos quatro metros de altura”, afirma Vítor Costa, acrescentando que “há dinheiro para a passagem de corços e outras coisas, mas para servir a população não há”.
A câmara de Bragança está solidária com a população.O vereador municipal, Hernâni Dias, também esteve no local e confirma que os contactos feitos ainda não surtiram efeito. “Oficialmente não obtivemos qualquer resposta. De todas as comunicações que o município fez, até ao momento não houve resposta oficial”, garante.
Contactada a concessionária, o responsável da Auto-estradas XXI não quis fazer comentários ao assunto dizendo apenas que estava a ser analisado.
Em comunicado, o gabinete de comunicação da Estradas de Portugal diz que a empresa “conjuntamente com a Autarquia e a Concessionária está a estudar a possibilidade de criar uma alternativa que melhor possa servir as necessidades da população local”.
Escrito por Brigantia
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