Leitores vão poder ver vídeos a partir da edição em papel do Mensageiro de Bragança


O jornal Mensageiro de Bragança vai proporcionar, a partir de quinta-feira, uma experiência interativa aos leitores, que poderão aceder a diferentes conteúdos multimédia, como vídeos, a partir da edição em papel.
O semanário diocesano torna-se assim no primeiro periódico português a aderir à realidade aumentada, que permite ao leitor do tradicional papel visualizar, com a ajuda de um smartphone, vídeos sobre notícias, promoções, publicidade, galerias de fotos ou ler a atualização de uma notícia imprensa.
A aplicação que permite aliar o papel ao multimédia chama-se Lukar e está a ser desenvolvida por uma empresa de comunicação e inovação sediada em Bragança, a ConteúdoChave.

Bragança - Enfermeira sob suspeita

Uma enfermeira da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULS-Nordeste) está a ser alvo de um processo de investigação por alegadamente ficar com dinheiro de utentes idosos dentro das instalações da extensão de saúde de Izeda, confirmou uma fonte da ULS.
O processo está em fase de inquérito interno, em averiguações em sede da Unidade Local de Saúde, que tutela a saúde no distrito.
Alguns queixosos e familiares foram notificados no início de outubro para prestar declarações.
A enfermeira que motivou as suspeitas não quis comentar o caso e remeteu qualquer explicação para a enfermeira chefe da Unidade Local de Saúde, Ângela Prior, que se escusou falar no assunto, ainda que tenha admitido que está em curso uma investigação, no âmbito de um processo interno, para apurar se há matéria de facto, recusando-se a revelar qual o motivo que a suscitou e se as suspeitas em causa estão em investigação.
O Mensageiro apurou que haverá várias queixas nos serviços de saúde que têm origem em questões relacionadas com dinheiro de utentes.
As vítimas serão todas homens, alguns com idade avançada. Suspeita-se que a enfermeira recusava atender casais no gabinete médico, atendendo os homens em separado, mesmo quando estes se deslocavam com as esposas às consultas médicas, sendo que anteriormente era normal entrarem ambos em simultâneo mesmo que apenas um tivesse consulta agendada. Seria nessas alturas que alegadamente ficava com o dinheiro que traziam consigo, estando por apurar se eram os idosos que lhe davam o dinheiro ou se este lhe era retirado.
A situação deu azo a suspeitas no centro de saúde “porque não deixava entrar no gabinete o casal, apenas entrava o marido e nas consultas é normal entrarem ambos, quando vão os dois”, explicou uma fonte ligada ao processo.

in:mdb.pt

Vinhais - Dez vitelos roubados do matadouro

Dez bovinos que estavam para abate, num curral do matadouro de Vinhais, foram roubados do interior das instalações deste equipamento no domingo à noite, confirmou o responsável pela unidade, José Urbino Alves.
Os animais eram propriedade de quatro produtores de gado daquele concelho.
Estima-se que os prejuízos ultrapassem os 12 mil euros. “Os vitelos estavam no curral no interior do matadouro, mas os assaltantes arrombaram o cadeado do portão e entraram nas instalações para os levar”, contou o responsável, que explicou que na segunda-feira pela manhã deram pela situação quando chegaram os funcionários.
Foi apresentada uma queixa na GNR que já está a investigar o caso.

Bragança - Afinal havia interessados em explorar o cinema no Shopping

Afinal houve propostas para explorar as salas de cinema do Bragança Shopping. Um potencial investidor vem a público desmentir as declarações da directora do centro comercial, que, em declarações ao Jornal Nordeste, afirmou que o mercado é pouco atractivo e afastou possíveis investidores.
João Caldeira, que já assegura a distribuição de filmes em vários concelhos do distrito e também já teve a cargo o antigo cineteatro Torralta, garante que, em Dezembro, foi contactado pela direcção do shopping, à qual apresentou três propostas. “A primeira passava pela não digitalização das salas e pagaríamos uma renda com contratos anuais. Na segunda a digitalização das salas seria feita pelo Bragança Shopping e nós pagávamos uma renda bastante mais elevada para compensar o investimento feito. A terceira, fazíamos nós a digitalização das salas num prazo máximo de meio ano e com um contrato de 10 anos”, explica o empresário.
Avanços e recuos
Posteriormente ainda foi apresentada uma quarta proposta, mas o negócio acabou por não se concretizar. “Não tivemos qualquer resposta, mas antes do Verão voltámos a ser contactados pelo shopping e fizemos-lhe uma nova proposta”, conta João Caldeira. Segundo o promotor, “era um contrato de cinco anos e uma renda fixa, com a possibilidade da digitalização das salas mediante o número de espectadores que o cinema tivesse”. O empresário garante que tinha ficado tudo acordado, mas passado uma semana recebeu um telefonema “a dizer que a proposta não tinha sido aceite porque o shopping ia ter prejuízo”, recorda.
Este investidor até já tinha delineado uma estratégia para atrair mais espectadores ao cinema. “Já tínhamos falado com a Câmara para comprarmos bilhetes para o parque de estacionamento, que iríamos oferecer aos clientes com duas horas grátis. Íamos baixar o preço dos bilhetes para cinco euros e quatro para crianças e estudantes, tal como os preços do bar”, refere.
Além disso, “já estávamos em conversações com a Castello Lopes para a aquisição do equipamento, pois seria o mais viável”, revela João Caldeira.
O Jornal Nordeste ouviu a direcção do Bragança Shopping acerca deste assunto, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter uma reacção.

in:jornalnordeste.com

Vale Gouvinhas junta azeitona e mecanização agrícola

A azeitona, um dos mais importantes produtos agrícolas da região, esteve em destaque na freguesia de Vale Gouvinhas, no concelho de Mirandela, na I Feira da Azeitona e Mecanização Agrícola.
O certame foi organizado pela Junta de Freguesia, de modo a fomentar a venda dos produtos agrícolas da região e alertar para os riscos do manuseamento de máquinas e tractores.
“Esta feira surge da necessidade de trabalhar na prevenção dos riscos no manuseamento de máquinas e tractores agrícolas, que tantas mortes têm causado na nossa região e no país”, refere o autarca de Vale Gouvinhas, Rui Sá.
Cerca de vinte pessoas expuseram o seu artesanato e produtos regionais nesta primeira edição da feira. O programa incluiu um seminário técnico sobre a colheita e transformação de azeitona de mesa com a participação de vários professores do Instituto Politécnico de Bragança, uma montaria ao javali, um passeio pedestre e, ainda, uma mostra de manuseamento de máquinas agrícolas e provas comentadas de vinho e azeite.
Na cerimónia oficial de abertura esteve o director regional de Agricultura e Pescas do Norte, que deixou a promessa de assegurar o regadio na região. Segundo o autarca de Mirandela, António Branco, este certame enquadra-se num programa mensal dedicado a um tema rural e local.
 
in:jornalnordeste.com

Freixo de Espada-à-Cinta comemora 500 anos do Foral

Freixo de Espada-à-Cinta comemorou os 500 anos do Foral outorgado por D. Manuel, com a inauguração de três obras, que custaram ao município cerca de 3 milhões e meio de euros.
 Os trabalhos incluíram a instalação de uma conduta de drenagem de águas pluviais, mas também a ligação da Avenida dos Combatentes do Ultramar à Avenida do Emigrante, e ainda, a trasladação da Fonte de Vale da Igreja, que se encontrava soterrada.


Abertura do Posto de Turismo de Mirandela para emissão de autorizações especiais de caça

O Posto de Turismo de Mirandela passará a estar de portas abertas todas as quintas feiras, domingos e feriados nacionais, durante a época de caça, a partir das 5h00 da manhã, com disponibilização de novos serviços vocacionados para as atividades cinegéticas no concelho de Mirandela, permitindo agora a emissão de autorizações especiais de caça.
Os caçadores que se deslocam ao concelho de Mirandela poderão obter jornadas de caça de uma forma mais simplificada, bem como informações sobre todas as zonas de caça e todas as questões referentes ao acesso e exercício da caça no concelho de Mirandela.
Nesta fase do projeto são 5 as Zonas de Caça pioneiras que disponibilizam 30% das suas jornadas de caça: ZCM MIRANDELA (1005 ha), ZCM CABANELAS (1744 ha), ZCM VALE DE GOUVINHAS (1847 ha) e ZCM BEIRA TUA (8326 ha).
No Posto de Turismo de Mirandela estarão ainda alocados outros serviços com o objetivo de obter uma calendarização racional de eventos cinegéticos (montarias, batidas, largadas, etc.), apostando assim na valorização do território como um todo e não individualmente.
Acresce ainda a oferta de um serviço personalizado e de resposta imediata, a divulgação do património turístico e cultural do concelho e ainda a otimização da restauração e hotelaria do concelho, elementos agora concentrados num só local.
Regularmente será também lançado um boletim informativo digital para divulgação de todas as atividades e ofertas cinegéticas no concelho de Mirandela, procurando caminhar no sentido de uma oferta estruturada e coerente, sem sobreposições. Uma única oferta com o mesmo conceito de qualidade e diversidade.
No concelho de Mirandela existem 29 Zonas de Caça, sendo dessas, 14 Zonas de Caça Municipal, 14 Zonas de Caça Associativa e 1 Zona de Caça Turística.

in:noticiasdonordeste.com

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ano de menos castanha, mas mais proveitos para produtores


A campanha da castanha, na zona de maior produção nacional, a Terra Fria Transmontana, trará este ano menor quantidade, mas mais proveitos financeiros para os produtores, segundo as perspectivas do sector divulgadas hoje, em Vinhais.
A apanha está atrasada, há menos fruto nos castanheiros e, precisamente por haver menos, a castanha é maior, com melhor calibre, adiantou hoje Eduardo Roxo, presidente da associação florestal ARBOREA, uma das parceiras da organização da feira Rural Castanea, que decorreu em Vinhais no passado fim-de-semana.
Este ano, “a força da castanha há-de vir só em Novembro, quando noutros anos ela vinha toda em Outubro”, explicou o dirigente, que lamentou a falta de coincidência entre o evento de promoção e o ciclo desta e de outras colheitas agrícolas afectadas pela seca prolongada.
Durante os três dias, não faltou em Vinhais castanha assada no maior assador do mundo, certificado pelo Guinness. 
Esta zona do distrito de Bragança produz anualmente “12 a 13 mil toneladas” e, apesar dos constrangimentos relatados, o presidente da ARBOREA, assegurou que este será “um ano médio” para os produtores.
Gincana a cavalo
O maior calibre do fruto faz com que a castanha se torne mais atractiva para o consumidor, segundo explicou, e a apanha, feita manualmente, menos dispendiosa para o produtor, pela menor quantidade.
“Feitas as contas, somando todos os factores, sem dúvida nenhuma que este ano os nossos produtores de castanha vão ter menos trabalho, vão ter proveitos bastante melhores do que nos anos anteriores”, enfatizou.
Em pouco mais de uma década, a área de soutos passou de 2.500 hectares para 17 mil, na zona de Vinhais.
Durante o certame foi inaugurada a segunda fase da Circular Interna de Vinhais, que liga o Parque de Feira e Exposições ao cruzamento do Centro de Saúde da vila.
Este ano, uma das novidades foi a organização de um passeio equestre, que culminou com uma animada gincana a cavalo na praça de touros de Vinhais.

in:jornalnordeste.com

Indústria das Sedas Em Trás-os-Montes

Ruínas da Fábrica das Sedas de Chacim, construída em finais do século XVIII.
Vista da parte antiga de Bragança, lugar por excelência,
durante vários séculos, dos teares de seda da
cidade, desde sempre, o principal centro transformador
da seda em Trás-os-Montes.
 
Instalações do Centro das Sedas de Bragança,
na margem esquerda do rio Fervença, outrora
uma tinturaria.
 
Bichos da Seda
Lenço de seda vermelha com textos em latim. Século XVIII. Museu Abade de Baçal.


 Véu de cálice com textos em latim. Século XVIII. Museu Abade de Baçal.
Escolha do casulo na Estação Sericícola de Mirandela
(finais do século XIX).
Antiga Estação Sericícola de Mirandela. Lavagem de sementes.
 
Selecção microscópica de sementes.
Antiga Estação Sericícola de Mirandela
Fotos in:HISTÓRIA DA INDÚSTRIA DAS SEDAS EM TRÁS-OS-MONTES
Fernando de Sousa 

Burlões tentam enganar população idosa

A GNR de Bragança e a Guarda Civil Espanhola realizaram uma acção de sensibilização em Rio de Onor, no concelho de Bragança, para alertarem a população para as burlas.

Serviços reúnem emprego e formação

Reunir no mesmo espaço os serviços de emprego e de formação profissional é o objectivo da reestruturação que está a ser feita na região.
O delegado regional do Norte do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) admite que os centros de emprego perdem autonomia, mas garante que não perdem competências.
César Ferreira garante que não vai haver dispensa de trabalhadores. “A principal razão desta reestruturação é integrar as componentes de formação e emprego e depois há uma outra razão que nós não podemos fugir a ela, que tem a ver com as questões que nós estamos a passar no País que passa pela diminuição da despesa e nesse caso vamos ter redução de dirigentes, mas vamos manter os trabalhadores”, garante o responsável. Confrontado com as críticas dos autarcas do distrito ao facto de haver centros de emprego que vão ficar sob a alçada dos serviços de Vila Real, como é o caso de Mirandela e Torre de Moncorvo.
César Ferreira diz que o Centro de Emprego e Formação de Bragança já fica com uma grande abrangência e garante que o objectivo é manter os serviços próximos dos cidadãos. “Estas alterações não respeitaram as divisões administrativas dos distritos. Quisemos ir mais além, pela lógica funcional das unidades”, realça o delegado regional do IEFP.
A reestruturação da rede de centros de emprego vai facilitar a vida aos utentes. “Vão ter exactamente as mesmas competências. Um cidadão vai dirigir-se ao centro de emprego de Mirandela e vai poder fazer exactamente aquilo que sempre fez e pretendemos que ainda possa fazer mais, nomeadamente tratar de questões de emprego e de formação no mesmo espaço, enquanto antes tratava de questões de emprego em Mirandela e tinha que tratar das questões da formação em Bragança”, realça César Ferreira.
A reestruturação dos serviços de emprego vai permitir ao Governo poupar dinheiro com a redução de chefias.

Escrito por Brigantia

Quem paga entra, quem não paga fica à chuva

O horário de entrada no Centro Escolar da Sé, em Bragança, está a indignar os pais e encarregados de educação das crianças que não frequentam as Actividades de Tempos Livres.
Os alunos que estão no ATL podem entrar na escola a partir das sete e meia, enquanto as restantes crianças só podem passar o portão entre as 8:45 e as 9 horas, que é quando começam as aulas.
Quando chegam à escola mais cedo, as crianças são obrigadas a ficar ao frio e à chuva até que possam entrar. O horário de entrada no Centro Escolar da Sé para quem não frequenta o ATL é entre as 8:45 e as 9 horas. Quem chega antes fica à porta. Já quem frequenta o ATL pode entrar a partir das sete e meia da manhã.
Mas para isso, os pais são obrigados a pagar uma mensalidade de 20 euros, um valor que não está ao alcance de todas as bolsas.
A situação está a deixar alguns pais preocupados.
É o caso de Susana Fernandes, que desabafa: “é uma vergonha a escola não ter um pavilhão, onde se possam deixar as crianças”.
Contactado pela Brigantia, o director do Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, esclarece que o horário de entrada para o pré-escolar e para o primeiro ciclo é às nove horas, daí que não haja nenhuma irregularidade por parte da escola.
Eduardo Santos acrescenta, ainda, que nunca se apercebeu que as crianças ficassem à chuva. “Se houver casos de pais, que por dificuldade económica, não possam pagar a mensalidade, devem dirigir-se à direcção da escola”, frisou.
Durante o período da manhã, o ATL começa às 7: 45 e termina às 9 horas, à tarde funciona entre as 5 e meia e às sete. O preço em cada período é de 16 euros e meio. Caso os pais queiram inscrevam os filhos nos dois períodos, a mensalidade fica em 20 euros.
 

Escrito por Brigantia

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"Halloween" transmontano com a "Festa da Cabra e do Canhoto"


Os pouco mais de 20 habitantes da recôndita aldeia transmontana de Cidões acreditam ser guardiões de uma "poção mágica" herdada de antigos druidas celtas capaz de exorcizar os males da crise, pelo menos por uma noite.
Quem na noite de 31 de outubro para 01 de novembro "da cabra comer e ao canhoto (tronco de madeira) se aquecer, um ano de sorte vai ter", garante a tradição desta aldeia de Vinhais, que atrai um milhar de pessoas todos os anos na chamada noite das bruxas.
Este "Halloween" transmontano regressa na quarta-feira e, em vez de abóboras, longos chapéus, verrugas e vassouras, oferece a "Festa da Cabra e do Canhoto".
Ao anoitecer, acende-se a fogueira com seis toneladas de "canhotos" previamente "roubados" das propriedades agrícolas das redondezas, que hão de alimentar chamas com "34 a 40 metros de altura", segundo contou Luís Castanheira, um dos organizadores.
Na mesma fogueira serão cozinhadas, em potes de ferro, quatro cabras "machorras" (inférteis) para alimentar os convivas, que poderão também saborear castanha assada colhida nos soutos da região, tudo regado com vinho e jeropiga em abundância.
Manda a tradição que os presentes deem três voltas à fogueira.
O ponto alto da noite é a chegada de um carro com as "tarraxas" bem apertadas para "cantar" (chiar) bem alto, carregando um diabo ou bode com cinco metros de altura que acabará queimado.
"Aquele diabo representa para nós tudo de mal que nos tenha acontecido. Vamos queimar o bode e comer a cabra e ver neles algumas figuras que nos têm atormentado", explicou Luís Canotilho, deixando à criatividade de cada um aqueles que quiserem ver representados.
Este professor da Escola Superior de Educação de Bragança e estudioso das tradições transmontanas associou-se ao ritual de Cidões e ajudou a descortinar um pouco mais das origens desta tradição.
Luís Canotilho acredita que a "noite das bruxas" de Cidões é o mais genuíno do legado celta que deu origem aos "halloween" exportados dos Estados Unidos da América para o mundo.
O que se comemora nesta noite na aldeia transmontana é, segundo disse, o legado dos festejos "do início do ano novo celta" e que, em Portugal, é "caso único", encontrando-se este ritual em mais "três ou quatro aldeias da Galiza".
A iniciativa tem congregado os que vivem na aldeia e aqueles que ali têm origens e já motivou a criação da Associação Raízes da aldeia de Cidões.
A presidente, Hortênsia Castanheira Pinto, garante que "há pessoas que se deslocam de vários pontos do país, há 10 e 15 anos, para assistir a esta festa única".
Os residentes dão os ingredientes e "cada habitante colabora da forma que pode".
Aos visitantes, é cobrado um preço simbólico pela refeição.
Para que a tradição não acabe com o desaparecimento dos poucos habitantes da aldeia, os organizadores decidiram adicionar alguma "modernidade ao ritual para atrair gente jovem".
Os vários momentos da noite serão recriados com representações teatrais e a animação prolonga-se com um concerto de música celta.
O ritual completa-se com o "virar da aldeia às avessas", que deixa as ruas intransitáveis no dia seguinte, com tudo fora do lugar, desde alfaias agrícolas a vasos de flores.

HFI // SSS.
Lusa/fim

Castanha compensa austeridade

Os agricultores transmontanos estão esperançados nesta campanha da castanha.
Apesar da maturação do fruto estar atrasada, das poucas que já caíram pode perceber-se que a qualidade está garantida. Castanha que enche o olho é paga a peso de ouro e por isso os produtores acreditam que este ano o negócio vai ajudar a compensar os efeitos da crise.


Mais apoios para a amêndoa

O sector da amêndoa vai continuar a ser apoiado por fundos comunitários no âmbito do PRODER.
A garantia foi dada pelo director regional da Agricultura e Pescas do Norte, que falou à margem do seminário dedicado ao tema “A Cultura do Amendoal: Instrumentos e Estratégias para o Mercado”, que decorreu em Torre de Moncorvo.
Manuel Cardoso diz que o “sector da amêndoa está fragilizado” e é necessário que “investigadores, técnicos e produtores” debatam ideias, de forma a revitalizar a fileira.
O Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, também marcou presença no colóquio e afirmou ser imperativo criar uma legislação que permita favorecer a pequena produção e o seu licenciamento. O governante diz que os produtos endógenos, entre eles a amêndoa, são uma mais-valia para o País, uma vez que contribuem, não só, para a diversidade gastronómica, mas também para a diminuição das importações no sector Agro-alimentar. “É um pacote legislativo que permita favorecer a pequena produção e permitir o seu licenciamento de uma forma mais simplificada e directa, para que as pessoas conheçam as regras em que podem produzir determinados produtos com valor e qualidade”, explicou.
Daniel Campelo diz, ainda, que é imperativo que haja transparência no licenciamento das produções e na sua comercialização.“Não queremos que entrem na clandestinidade, que entrem no sistema legal, e que se houver lugar ao pagamento de impostos os paguem”, frisou.
O Seminário foi organizado pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, em colaboração da Câmara de Torre de Moncorvo.
 

Escrito por Brigantia

Freixo inaugurou obras que custaram 3,5 milhões de euros

Freixo de Espada-à-Cinta comemorou ontem os 500 anos do Foral outorgado por D. Manuel, com a inauguração de três obras, que custaram ao município cerca de 3 milhões e meio de euros.
Os trabalhos incluíram a instalação de uma conduta de drenagem de águas pluviais, a ligação da Avenida dos Combatentes do Ultramar à Avenida do Emigrante, e a transladação da Fonte de Vale da Igreja, que se encontrava soterrada.
O autarca local, José Santos, diz que estas obras eram imprescindíveis para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. “A obra mais importante é a obra de valorização ambiental, que permitiu que Freixo ficasse dotado de uma conduta de drenagem de águas pluviais, de forma a evitar a tragédia que em 2006 assolou a vila”, sublinhou. A primeira fase das obras está concluída. A segunda vai consistir na remodelação das infra-estruturas viárias do centro histórico da vila. Os trabalhos estão orçados em cerca de 3 milhões de euros. “Vamos dotar o centro histórico de mais passadeiras, remodelar a tubagem de água domiciliária, saneamento, enterrar todos os cabos da EDP, preservar o museu da seda”, explicou o autarca.
A vila mais manuelina de Portugal a comemorar os 500 anos do Foral com a inauguração de 3 obras.

Recorde-se que a autarquia tem uma dívida de 16 milhões de euros.

Escrito por Brigantia

José Santos perde eleições na Associação Douro Superior

O autarca de Freixo de Espada-à-Cinta perdeu as eleições para a presidência da Douro Superior Associação de Desenvolvimento.
Dois votos apenas derrotaram José Santos e deram a vitória ao presidente da Associação Comercial de Torre de Moncorvo, Dinis Cordeiro, que também dirige outras organizações naquele concelho.
O autarca de Freixo não se mostrou surpreendido com os resultados, e sublinhou que os votos traduziram os interesses pessoais e institucionais, e não os interesses reais. “São interesses muito diferentes de autarquias, de associações, de adegas cooperativas, de associações de solidariedade social de 4 concelhos, que cedem aos interesses e não àquilo que são os interesses reais daquela associação”, frisou.
José Santos já ia no segundo mandato. Dinis Cordeiro é desde sexta-feira o novo presidente da Douro Superior Associação de Desenvolvimento.
 

Escrito por Brigantia

Burlões fazem-se passar por funcionários das Finanças

No distrito de Bragança há burlões que estão a fazer-se passar por técnicos das Finanças, para conseguirem enganar a população mais idosa.
Estes dados foram revelados pela GNR, durante uma acção de sensibilização sobre as burlas, que decorreu Rio de Onor, no concelho de Bragança. Os burlões estão a aproveitar o facto de os serviços de Finanças estarem a proceder à avaliação de imóveis, para se disfarçarem de técnicos, e desta forma conseguirem entrar nas habitações.
O cabo José Rodrigues diz que os primeiros casos foram registados há cerca de três semanas, e alerta a população para que não deixe entrar estranhos em casa. “Eles utilizam o estratagema que mais lhe convém, andam bem vestidos e aparecem como funcionários de uma instituição qualquer, ultimamente como funcionários das Finanças”, explicou.
Caetana Ramos já foi vítima, não deste, mas de outro conto do vigário, e revela que os burlões lhe levaram 80 euros. “No ano passado foram a aminha casa e disseram, que era para arranjarem o aparelho do gás, entraram e levaram-me 80 euros”, revelou.
Deolinda do Campo também ia sendo enganada, mas apercebeu-se a tempo das verdadeiras intenções dos burlões. “Ele queria que abrisse a porta, porque ele queria o ouro, mas eu vi um carro e outras três pessoas e vi logo que eram ladrões”, frisou a moradora de Rio de Onor.
A acção de sensibilização envolveu a GNR de Bragança e a Guarda Civil Espanhola, a primeira iniciativa conjunta realizada em território nacional.
 

Escrito por Brigantia

domingo, 28 de outubro de 2012

Cogumelos venenosos matam três pessoas em trás-os-Montes


Três pessoas, pais e filho, deram entrada na terça-feira no hospital apresentando um quadro de disfunção hepática aguda, por alegadamente terem ingerido cogumelos do género 'amanita-phalloides'. 
De acordo com fonte hospitalar, a “situação global dos doentes foi considerada crítica, com admissão em cuidados intensivos, com programa de tratamento que contou com a colaboração da Unidade de Hepatologia do Hospital Geral de Santo António”.
O filho de 42 anos faleceu na sexta-feira, e foi enterrado hoje, em Vila Seca de Poiares, Freguesia de Poiares, concelho da Régua.
O presidente da Junta de Poiares, Heitor Ribeiro, confirmou que o casal acabou por morrer também e vai a enterrar segunda-feira, na aldeia de Vila Seca de Poiares.
Este foi o primeiro caso do género conhecido este ano na região de Vila Real, mas, praticamente todos os anos acontecem casos de envenenamento por cogumelos em Portugal.
Duarte Marques, da Aguiarfloresta - Associação Florestal e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar, explicou que o 'amanita-phalloides' é “muito venenoso” e “normalmente fatal, caso o diagnóstico seja demorado e não seja identificado a tempo”.
É ainda um dos cogumelo que mais confusões gera, porque possui cores muito comuns com outros fungos comestíveis. Este fungo venenoso possui um chapéu côncavo, de cor amarelado esverdeado, possui lâminas por baixo e tem um pé retilíneo e direito e uma base redonda e grossa.

in:noticiasdonordeste.com

Portugueses cortam nas despesas com vestuário lazer, viagens e combustíveis


Vestuário, lazer, viagens e combustíveis são onde os portugueses mais têm cortado nos últimos tempos. 58% admite que já reduziu significativamente as despesas com vestuário. 
Nesta análise elaborada pelo Observador Cetelem, destaca-se ainda a diminuição das intenções de gastos com a alimentação. 32% dos consumidores afirma que tem vindo a diminuir na qualidade e diversidade da alimentação para que o valor da fatura seja o menor possível. 
Ao analisar os comportamentos e as tendências de consumo das classes médias europeias, o Observador Cetelem conclui que tanto para as classes médias como para as classes altas, é incompatível conciliar os desejos/necessidades com o orçamento disponível. 
As primeiras “vítimas” da austeridade em Portugal são as despesas de lazer ou as despesas facilmente opcionais, sistematicamente sacrificadas em primeiro lugar como o vestuário (58%), lazer e viagens (55%). A seguir às despesas opcionais, surgem os itens de despesa relativamente fáceis de anular, mas que têm um impacto significativo em termos de qualidade de vida: deslocações, combustível, energia (44%) ou a redução da qualidade e diversidade da alimentação (32%). Logo a seguir, surgem os gastos que exigem um investimento bastante significativo, sendo provavelmente planeados num horizonte temporal mais longo: eletrodomésticos, televisão, automóveis, motos e scooters. 
«Se estas reduções de despesas não traduzem forçosamente uma descida do nível de vida, pois podem corresponder apenas a determinados esforços adotados para encontrar o “plano bom”, constituem um custo moral, na medida em que podem gerar um sentimento de frustração que varia fortemente consoante o tipo de despesas que foram sacrificadas», defende Diogo Lopes Pereira, responsável de Marketing do Cetelem. 
Nesta análise do Observador Cetelem, destaca-se ainda o facto dos itens sacrificados em último recurso pelas classes médias portuguesas serem a educação (8%), a saúde e os seguros (15%), o que representa um comportamento muito racional, mesmo em tempo de crise. Para o responsável do Cetelem «esta tendência revela um sentido de prioridade que traduz a importância de determinados valores e uma noção de responsabilidade culturalmente característica das sociedades europeias: a saúde aparece como o pilar fundamental – mente sã em corpo são – sobre o qual pode ser construída uma educação. Este sentido de prioridade é partilhado por todas as classes sociais». 
Ficha Técnica 
Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridas amostras representativas das populações nacionais (18 anos e superior) de doze países: Alemanha, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia – mais de 6.500 Europeus inquiridos a partir de amostras com pelo menos 500 indivíduos por país. Os inquéritos foram realizados em parceria com o gabinete de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido no terreno em Novembro/Dezembro de 2011, pela TNS Sofres. 
A coerência entre a definição das classes médias dos diferentes países manteve-se através de uma aproximação à realidade, permitindo comparações internacionais. Para tal, utilizou-se uma classificação económica habitual, em função de décimos de rendimentos: para o Observador Cetelem, a classe média corresponde às famílias pertencentes aos quintos dos rendimentos Q2, Q3 e Q4, constituindo 60% da população, situando-se entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos. 
Sobre o Cetelem e o BNP Paribas Personal Finance 
Pertencendo ao Grupo BNP Paribas, o BNP Paribas Personal Finance é especialista no financiamento a particulares. Com cerca de 27.000 colaboradores, em 30 países e em 4 continentes, o BNP Paribas Personal Finance é Nº1 em França e na Europa. Exercendo a sua atividade sob a marca comercial Cetelem, disponibiliza uma gama completa de crédito a particulares via ponto de venda (lojas, concessionários automóvel) e por via direta aos seus clientes: Internet e telefone. O BNP Paribas Personal Finance é parceiro de referência das principais insígnias do comércio, dos serviços, da banca e das companhias de seguros, entidades às quais aporta o seu know-how, propondo o tipo de crédito e de serviço mais adaptado à atividade e estratégia comercial dos seus parceiros.
É, também, ator de referência em matéria de Crédito Responsável. Em Portugal está presente desde 1993. Em 2010, a fusão com o Credifin deu origem ao nascimento do Banco BNP Paribas Personal Finance, S.A., que opera sob a marca comercial Cetelem. Com mais de 650 colaboradores esta nova entidade posiciona-se como líder de mercado em Portugal no crédito a particulares.

in:noticiasdonordeste.com

Observatório da Emigração - «A melhor política de emigração é lutar pelos direitos dos que saem»


Conhecer melhor os emigrantes de hoje e saber as condições em que estes vivem nos países de acolhimento é desde 2008 o trabalho do Observatório da Emigração (OE). João Peixoto, membro do Conselho Científico do OE, admite que este estudo só há pouco tempo começou a ser efectuado em Portugal, «por culpa de todos, académicos, políticos e sociedade civil». O responsável sublinha que «não há uma revolução» na emigração, antes uma «continuidade» e que «a melhor política de emigração é lutar pelos direitos dos que saem». Isto quando se estima que mais de 100 mil portugueses estejam a deixar o país.
Café Portugal - O contexto económico actual está a «obrigar» muitos portugueses a emigrar. Quem são estes emigrantes do século XXI? 
João Peixoto - O ponto mais importante a salientar é que esta emigração não é assim tão nova. Nem este ciclo é uma novidade. Tivemos muitos ciclos recentemente. O que está a mudar um pouco são as características. É certo que com o tempo a nossa emigração é cada vez mais nova, mais urbana, mais qualificada, mas isto é uma evolução gradual e é também um espelho do país. O país é mais urbanizado, mais qualificado. Considero que este movimento migratório é mais uma continuidade do que uma revolução. Esta não é a primeira crise que temos nos últimos 20 anos. Talvez agora a dimensão das saídas seja maior porque a crise é mais acentuada. Já vamos com três anos de recessão, coisa que não acontecia há muito tempo. Tivemos um forte aumento das saídas por volta de 2002/2003. Os dados que temos, entre 2002 e 2007, revelam que as saídas se deram sobretudo para Espanha. Talvez agora seja um pouco diferente. Não conhecemos muito bem o perfil dos portugueses que foram para lá mas a sensação que temos é que não são propriamente jovens qualificados. Seriam, sobretudo, pessoas da construção civil, porque foi este sector que começou em crise nessa altura em Portugal. Naqueles anos saíram muitas pessoas do Norte de Portugal com escolarizações médias. 
C.P. – Sim, mas essa cronologia acaba por desembocar no momento presente. Que perfil podemos traçar dos actuais emigrantes e que países procuram?
J.P. - Se quisermos ser rigorosos não podemos falar muito. Há poucos números sobre emigração. O fenómeno não só não tem sido estudado, como tem sido mal medido. Não é fácil medir movimentos de pessoas. Quando o queremos fazer, temos duas hipóteses: uma é medir do ponto de vista do país de onde se sai, o que é difícil; outra é medir do ponto de vista do país onde se entra. Se eu quiser saber os movimentos de portugueses para o Brasil, tenho duas hipóteses: uma é tentar saber aqui em Portugal quantos portugueses é que estão a ir para o Brasil, a outra é chegar ao Brasil e perguntar quantos portugueses estão a entrar. A medida, à partida de Portugal, só o Instituto Nacional de Estatística (INE) é que está a fazer. O INE tem medido as saídas, e os números mostram que não tem havido aumento espectacular, mas que tem vindo a aumentar com o tempo. O último número que o INE publicou, em 2010, revela cerca de 25 mil saídas por ano. Este número é de migrações de longa duração, mais do que um ano, ou seja, pessoas que saem com intenções de residir lá fora por mais de um ano. No Observatório da Emigração (OE) o que fazemos é ir ver no lado de lá, do ponto de vista dos países de recepção, porque, à partida, esses números são mais completos. Os dados do INE não dizem para onde foram esses portugueses que saíram, a idade e a qualificação. É uma medida muito grosseira. 
C.P. - Neste novo movimento de emigração, saem muito jovens com formação superior. Há informação sobre se as funções que detêm nos países de destino são compatíveis com a formação?
 J.P. – Não, e isso é normal em todos os países do mundo. Nós tivemos a experiência enquanto país receptor. Recebemos muitos ucranianos, brasileiros e alguns cabo-verdianos qualificados que não conseguiram passar de trabalhos medianos, como na construção ou trabalhos domésticos, por exemplo. O normal é que muitos portugueses que saiam passem pelo mesmo problema. O que será anormal é se, ao fim de alguns anos, não conseguirem sair desta situação. 
C.P. - Em termos genéricos o que diferencia a emigração actual daquela outra da nossa história recente, entre 1960 e 1980? 
J.P. - Nos anos 80 do século passado, tivemos também um pequeno boom de emigração para Suíça. Não eram jovens muito qualificados. Iam trabalhar para turismo, hotelaria. Temos tido vários ciclos e movimentos de saída. O que é novo agora é que nunca tínhamos tido uma crise tão grande e nunca fomos tão escolarizados como somos hoje. E o desemprego jovem nunca foi tão grande. Nos anos de 1960 e 1970, tínhamos um continente inteiro a crescer que era a Europa. Hoje não é assim. A Suíça e o Luxemburgo precisam de algumas pessoas mas não de grande emigração, nem precisa de pessoas muito qualificadas. E depois há Angola e Brasil e aqui estão as nossas miragens. De facto, a necessidade de mão-de-obra nestes países é mais forte, sobretudo em Angola. Ou seja, nada do que se está a passar é completamente novo em relação aos últimos 20 ou 30 anos. 
Dificuldade estatística
C.P. - O que tem apurado o OE na análise que efectua nos países de destino da nossa emigração?
J.P. - Temos muitos tipos de emigração. O problema dos números lá fora é que muitas vezes não permitem saber se estamos a tratar de longa, média ou curta duração. É verdade que nos últimos anos, as saídas de portugueses multiplicaram por muito, mas também as saídas de espanhóis, de ingleses. O mundo é muito mais móvel e há muito mais pessoas a fazer trabalhos durante alguns meses no exterior. O problema é que quando vou às estatísticas angolanas, ou europeias, não consigo distinguir o que é de longa duração, de média duração e até de curta. O exemplo mais notável são os dados que chegam de Angola. Alguns dados que nos chegam do consulado português em Luanda revelam um crescimento forte para Angola. De resto sabemos pouco, o consolado só sabe quantas pessoas estão a ir para lá, mas não sabe quanto tempo ficam, o que fazem lá. Julgo que a realidade dos movimentos deve estar entre um número mínimo que o INE avança, na casa dos 25 mil, e o número de que se fala recentemente de 100 mil ou 125 mil portugueses a emigrar, [dados avançados em Dezembro de 2011, pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário].
C.P. - A tendência é para crescer?
J.P. - Sim, mas não um crescimento vertiginoso. Isto não é uma revolução da história de Portugal, é uma triste realidade. Temos estímulo à saída porque nunca o desemprego jovem foi tão elevado, nunca o desemprego qualificado foi tão elevado. O problema é o estímulo à entrada. É preciso quem nos queiram. Tem de haver facilidade de entrar lá fora e trabalhar. 
C.P. - Ou seja, trata-se de uma «exportação» forçada de população em idade laboral. Neste cenário «triste», como referiu, encontra alguma nota positiva?
J.P. - As consequências positivas prendem-se com a mobilidade, que é muito boa. O que não é bom é sermos obrigados a sair e quando quisermos voltar não conseguirmos. Numa escala, e contexto diferentes, nos Estados Unidos da América verificamos que todos os estados são altamente móveis. A probabilidade de alguém fazer universidade num estado e ficar a viver nesse estado é baixa. A mobilidade é uma coisa normal. Numa escala diferente, na Europa isto não será diferente. A mobilidade pode até ser boa para a construção da Europa. Outra nota positiva, um pouco mais cínica, é que isto alivia as dificuldades momentâneas que afectam Portugal. A taxa de desemprego subirá menos e os subsídios de desemprego serão menos volumosos. Há séculos que exportamos pessoas e isso permite diminuir a pressão interna. O receio é que se as condições continuarem a deteriorar, se não houver crescimento económico, se continuar a haver desemprego, qualificado e jovem, então deixamos de ter essa mobilidade saudável e passamos a ter um movimento mais forte, mais regular de saídas. 
C.P. - Um movimento migratória com a escala que temos estado a abordar tem inevitáveis impactos demográficos… 
J.P. - Se for uma saída igual a tantas outras, não acrescenta nenhum problema à demografia que esta já não tenha. O problema é se a escala das saídas for maior, mais permanente e não for substituída por entradas. Se olharmos para os mais qualificados, para aquelas pessoas que trabalham na ciência e tecnologia, nos laboratórios e universidades, nas últimas décadas não tivemos muitas saídas, embora haja muita pressão porque há muita precaridade. Apesar de tudo, na nossa investigação científica, temos conseguido conservar algumas pessoas. As políticas dos últimos governos, apesar de tudo, têm conseguido manter alguns investigadores e atrair outros. Temos atraído, para laboratórios, centros de investigação, novas fundações, cientistas brilhantes, quer jovens quer pessoas com alta qualificação. Nas últimas duas décadas, não temos perdido doutorados, temos ganho. Os problemas demográficos poderão surgir se deixarmos de compensar os movimentos de saída com as entradas. Será aí que desequilíbrio demográfico se começa a cavar. E quando as saídas forem muito qualificadas, para além do desequilíbrio demográfico, começamos a ter um desequilíbrio económico crescente. 
C.P. - Portugal tem acolhido populações de diferentes proveniências: do Brasil, China e Europa de Leste, entre outras. Estes imigrantes também estão a sair do nosso país?
J.P. - Sim, mas não em massa. A comunidade angolana há muito tempo não aumenta em Portugal e há muito que diminui. Actualmente, o êxodo não é para Portugal, mas sim para Angola. Já a comunidade brasileira cresceu ininterruptamente e a um ritmo muito forte até 2009. Muitos brasileiros que aparecem nas estatísticas regularizaram-se graças à revisão da Lei da Imigração de 2007. Mas nos últimos dois anos o número de brasileiros em Portugal começou a decrescer. 
C.P. - Alguns dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão em desenvolvimento e a absorver mão-de-obra. Países como Angola, Brasil, Moçambique são os preferidos pelos portugueses?
J.P. - Em Portugal temos a cultura da emigração. Toda a gente conhece alguém que já esta lá fora. Já no final do século XIX se dizia que a melhor coisa que exportamos são as pessoas, a força de trabalho. Quando olhamos para a história destas múltiplas saídas, reparamos que os portugueses têm sido muito hábeis na procura de destinos. A emigração não é apenas para onde queremos ir, mas para onde somos necessários, onde existem oportunidades de vida. E estas circunstâncias têm mudado muito. Estamos sempre atentos às oportunidades e, neste momento, temos a sorte histórica de que alguns dos países emergentes do mundo falam português. O facto de alguns países emergentes serem o Brasil, Angola e Moçambique, naturalmente facilita os movimentos, faz com que haja uma possibilidade de saída para onde é preciso mão-de-obra qualificada e onde facilita se a pessoa falar português. Há um acaso histórico que é favorável para nós. Os portugueses têm sido inteligentes na procura de destinos. Nos anos 1970 e 1980, a par da Suíça, onde mais procurámos trabalho foi em países como o Médio Oriente, países na altura pacíficos onde se construía muito. Se o trabalho estiver em países próximos geograficamente, próximos culturalmente, a emigração torna-se mais fácil. 
C.P. - Como são acolhidos os portugueses nos países para onde emigram pelas entidades portuguesas locais, como as Embaixadas?
J.P. - O OE não tem informação sobre essa questão. Mas, por exemplo, o país onde a emigração está mais estudada é no Brasil, onde os portugueses entravam como turistas e tentavam um visto para trabalhar, mas nada nos garante que as oportunidades de legalização apareçam. Uma coisa é ir trabalhar para a construção civil ou restauração, outra, bem diferente, é ir trabalhar como arquitecto ou engenheiro, onde existe um diploma reconhecido. A verdade é que já tivemos sinais de que as autoridades académicas e profissionais no Brasil não aceitam tão facilmente conceder o reconhecimento a um engenheiro português. Da mesma maneira que em Portugal não validamos automaticamente as formações deles. Em Portugal temos claramente uma pressão à saída, mas ir para o estrangeiro não é automático e tão fácil quanto isso. Dificilmente será uma saída em massa.  
C.P. - Como avalia a política de emigração do país nas últimas décadas? 
J.P. - O Estado português tem tido uma política que é considerada das mais progressivas da Europa e espero que a mantenha. Portugal há-de ser sempre atractivo para alguns, mesmo que isto esteja mau para uns, estará sempre bom para outros. Haver uma política de entradas que continue a ser generosa também é importante, porque as pessoas em Portugal vão continuar a emigrar. Contudo, a política da emigração é mais complicada porque não podemos colocar uma porta no aeroporto e impedir as pessoas de saírem. 
C.P. - Qual é a política mais desejável?
J.P. - A melhor política de emigração é lutar pelos direitos dos que saem. Ou seja estarmos a acompanhar os portugueses lá fora, e perceber se estão bem ou mal integrados, se os diplomas são reconhecidos, se existem ou não condições para regularizar a situação. Não tenho noção se isso está acontecer ou não, mas acredito que sim. A política mais importante de emigração é tentar fazer com que ela não seja uma necessidade. E aqui entra tudo quanto seja pôr a casa em ordem, regressar ao crescimento económico, gerar emprego qualificado e dar condições aos jovens qualificados para permanecerem em Portugal.
C.P. - Mas o futuro não é o risonho, pelo contrário…
J.P. - Muitas das saídas actuais são de pessoas que não vão arranjar trabalho para toda a vida, porque não há trabalhos para toda a vida nem em Portugal nem em lado nenhum. Mais cedo ou mais tarde muitas colocarão a hipótese de regressar. Se daqui a um, dois anos, a situação estiver melhor, muitas equacionarão a hipótese de voltar. Obviamente que se estivermos pior, não o farão. 
OE reúne notícias, mas quer fazer estudos académicos
C.P. - Em que medida é que se traduz o trabalho do OE, para além de estudos e do tratamento estatístico dos dados relativos à emigração?
J.P. - O OE é uma novidade quase histórica, criado em 2008. Sempre estivemos muito preocupados em receber estrangeiros. Porém, esquecemo-nos que as pessoas também iam saindo. Temos um Observatório da Imigração que funciona muito bem há anos, e que tem feito um trabalho notável, sendo uma área exaustivamente estudada. Já o tema da emigração foi quase esquecido e pouco estudado. 
C.P. - E porquê?
J.P. - O problema é dos académicos, dos políticos e da sociedade civil. Todos nos esquecemos disto. Há poucos estudos sobre a emigração. Temos um problema muito complicado de medida dos movimentos de saída. Nós e outros países europeus. É muito mais fácil medir quem entra do que quem sai, sobretudo, porque estamos num espaço de fronteiras abertas. O INE tem medido as saídas mas de uma forma limitada. Ainda assim tem permitido monitorizar o movimento. 
C.P. - E o trabalho do OE reside em quê concretamente?
J.P. - Reunimos todas as notícias relacionadas com o tema que saem na imprensa, já que não há estudos académicos. Com as notícias tentamos compor o puzzle. Mas não cabe ao OE examinar à lupa, a idade, o sexo, a qualificação e em que trabalham os portugueses que emigram. A nossa matriz que assenta num protocolo entre a Direcção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES/ISCTE) e do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), colocou no mapa a questão da emigração. Aquilo que se tem feito, uma reunião de informação, é excelente, mas não substitui os estudos aprofundados que temos como objectivo fazer. Sentimos, por exemplo, que ninguém sabe o que se está a passar com os portugueses no Brasil. Começa a fazer todo o sentido estabelecer sinergias entre quem estuda e quem gere as entradas e saídas de portugueses. Temos um Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas e um Observatório da Imigração. Agora que estamos no ponto em que são menos os que entram do que os que saem, faz todo o sentido que se reúnam esforços.

Ana Clara/Sara Pelicano; Foto - Museu das Migrações e Comunidades
in:cafeportugal.net

As árvores na cidade


As árvores podem desempenhar inúmeros papéis na cidade: além de proporcionarem um ambiente agradável, melhoram a qualidade do ar, diminuem a erosão dos solos, reduzem o perigo de cheias e contribuem para melhorar o ambiente social.
As "florestas urbanas" absorvem o dióxido de carbono e transformam-no em oxigénio, ajudando a diminuir as emissões de CO2 que contribuem para o aquecimento global. Além disso, filtram poluentes ambientais como o dióxido de azoto ou o dióxido de enxofre e fazem depositar as poeiras em suspensão no ar. Segundo um estudo realizado em parques de estacionamento por McPherson e Simpson (2000), as baixas temperaturas associadas à sombra das árvores podem reduzir a percentagem de hidrocarbonetos que evaporam do combustível dos automóveis. Neste sentido, o seu valor é incalculável já que o controlo da poluição atmosférica das cidades por outros meios é muito difícil.
Embora o ozono desempenhe um papel muito importante na estratosfera por absorver os raios ultra-violeta, é tóxico para o Homem, causando problemas respiratórios cujos principais sintomas são a tosse e dores no peito. As árvores, por fornecerem sombra, podem reduzir consideravelmente os níveis de ozono das cidades, trazendo benefícios para a saúde pública.
O sistema de raízes e a copa das árvores estabiliza o solo, limita a escorrência superficial, conserva a água subterrânea e diminui o risco das cheias que, nos últimos anos, têm atingido inúmeras áreas metropolitanas do nosso País. As plantas também atenuam as variações de temperatura a nível microclimático, fazendo com que no Inverno os edifícios circundantes não percam tanto calor e no Verão não aqueçam tanto, o que pode diminuir os gastos de energia.
Por outro lado, estas áreas podem ter variadas funções sociais. Além de encorajarem aactividades ao ar livre, mais saudáveis, tais como os desportos, os jogos ou os passeios, podem ser autênticos laboratórios vivos que garantem a presença de vida silvestre, onde se pode aprender acerca da natureza e observar os ritmos das estações. É ainda de referir que as sebes e arbustos densos atenuam os ruídos que, numa cidade moderna, podem facilmente exceder as intensidades aceitáveis.
Finalmente, estas "florestas urbanas" podem ser economicamente viáveis. O projecto inglês intitulado "The Black Country Urban Forest" tornou estas estruturas rentáveis ao explorar a sua madeira, carvão ou mesmo frutos e nozes. Uma outra vantagem seria a necessária criação de mais empregos para explorar comercialmente estas áreas.
As árvores são mais do que um adereço bonito num cenário, elas produzem uma infra-estrutura funcional que contribui de um modo significativo para a qualidade da vida nos centros urbanos, tanto a nível ambiental como a nível social e económico. Infelizmente, continuamos a assistir à destruição das escassas zonas verdes das nossas cidades para se construírem edifícios ou parques de estacionamento.

BIBLIOGRAFIA
Cabral, F. C. e G. Ribeiro Teles. (1999). A árvore em Portugal. Assírio & Alvim, Lisboa.
McPherson, E. G. (1998). Atmospheric carbon dioxide reduction by Sacramento's urban forest. Journal of Arboriculture 24(4): 215-223.
McPherson, E. G. e J. R. Simpson. (2000). Actualizing microclimate and air quality with parking lot tree shade ordinances. Wetter und Leben.
McPherson, E. G., K. I. Scott e J. R. Simpson. (1997). Estimating cost effectiveness of residential yard trees for improving air quality in Sacramento, California, Using Existing Models. Atmospheric Environment 32(1): 75-84.
Scott, K. I., E. G. McPherson e J. R. Simpson. (1998). Air pollutant uptake by Sacramento's urban forest. Journal of Arboriculture 24(4): 215-233.

Maria João Cruz
in:naturlink.sapo.pt

NORCAÇA, NORPESCA e NORCASTANHA 2012 11ª FEIRA INTERNACIONAL DO NORTE |1 a 4 Novembro 2012


PROGRAMA:

1 Novembro (Quinta-feira)

17h00 - Abertura da feira
Visita aos expositores 
Exposição de fauna viva
Exposição e demonstração de Cetraria
Exposição de Pintura
Exposição de Quadras Populares de S. Martinho
Mostra Tecnológica Internacional da Fileira da Castanha
18h00 - Demonstrações de Cetraria 
21h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
21h15 - SHOW COOKING – A Cozinha do Caçador | Clube de Monteiros do Norte
21h30 - Demonstrações de Cetraria 
22h00 - Animação Musical - Pauliteiros de Malhadas
23h30 - Sorteios
23h45 - Encerramento

2 Novembro (Sexta-feira)

12h00 - Abertura da feira
14h00 - V Fórum Internacional dos Países Produtores de Castanha - Auditório do Nerba (Org. IPB)
15h00 - Visita de escolas, demonstração de Pesca em Lago artificial e Cetraria
16h00 - SHOW COOKING – Ouriço de Castanha p/ crianças| Eurico de Castro
18h00 - Demonstrações de Cetraria 
18h00 - SHOW COOKING – A Cozinha do Caçador | Clube de Monteiros do Norte
19h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
19h00 - SHOW COOKING – SUSHI | Chef Luís Barradas
19h00 - Demonstrações de Cetraria 
21h30 - SHOW COOKING – Chef Hélio Loureiro (Chef Porto Palácio Hotel, Chef da Selecção Nacional de Futebol)
22h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
22h00 - Demonstrações de Cetraria
22h15 - Animação Musical – Red House Band
23h30 - Sorteios
23h45 - Encerramento

3 Novembro (Sábado)

07h30 - Convívio de Pesca de Margem ao Lúcio - Barragem do Azibo (Org. NORBASS)
07h30 - Convívio Embarcado de Pesca ao Achigã no Rio Douro (Org. NORBASS)
08h00 - Prova de Stº. Huberto – Norcaça 2012 - Outeiro (Org. FACIRC)
08h30 - Prova de Caça Prática - EPAGNEUL BRETON- Moredo (Org. Clube Português do EPAGNEUL BRETON)
09h15 - Seminário NORCAÇA - Auditório do Nerba (Org. Clube Português de Monteiros)
“Zona de Caça Nacional da Lombada – Que benefício, no futuro, para as populações”
10h00 - Abertura da Feira
11h00 - Demonstrações de Cetraria 
12h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
13h00 - Workshop de sushi | Chef Luís Barradas
14h00 - Torneio de Tiro às Hélices – Clube de Caça e Pesca Bragança (Org. Clube de Caça e Pesca Bragança)
14h00 - Largada de Perdizes e Faisões - Gimonde
15h00 - Demonstrações de Cetraria 
16h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
16h00 - Exposição Canina EPAGNEUL BRETON |Prova Monográfica – Recinto de Exposição (Org. Clube Português do EPAGNEUL BRETON)
17h00 - Demonstrações de Cetraria 
17h30 - Apresentação do livro – Comeres Bragançanos e Transmontanos – Apres. Armando Fernandes
17h45 - SHOW COOKING – Chef José Cordeiro (Estrela Michelin, Júri do programa Master Chef e Top Chef, Chef Executivo do Rest. Feitoria – Hotel Altis Belém)
19h00 - Demonstrações de Cetraria 
19h00 - SHOW COOKING – SUSHI | Chef Luís Barradas
19h30 - Entrega dos prémios dos Concursos de Pintura, Quadras populares, Pesca, Sto Huberto, Hélices e Pesca
21h30 - SHOW COOKING - Chef José Cordeiro (Estrela Michelin, Júri do programa Master Chef e Top Chef, Chef Executivo do Rest. Feitoria – Hotel Altis Belém)
21h30 - Demonstrações de Cetraria 
22h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
22h15 - Animação |“ XI Passagem de Modelos Norcaça, Norpesca e Norcastanha”
23h30 - Sorteios
23h45 - Encerramento

4 Novembro (Domingo)

08h00 - Montaria ao Javali – Rebordaínhos (Org. Associação e Caça de Rebordaínhos)
08h00 - Maratona da Castanha - BTT (Org. Associação Amigos do Campo Redondo)
08h30 - Prova de Caça Prática - EPAGNEUL BRETON – Moredo (Org. Clube Português do EPAGNEUL BRETON)
08h30 - Prova de Caçada de Salto - EPAGNEUL BRETON – Moredo (Org. Clube Português do EPAGNEUL BRETON)
09h00 - Concurso da Castanha da Terra Fria Transmontana (Org. Confraria Ibérica da Castanha)
10h00 - Abertura da feira 
10h00 - 18º Passeio TT das Castanhas (Org. NAC)
10h00 - Concurso de Doces de Castanha (Org. CORANE)
11h00 - Magustão do TIO JOÃO - Recepção dos participantes 
11h00 - Demonstrações de Cetraria 
11h00 - Demonstração de Apanha Mecânica da Castanha
12h00 - SHOW COOKING - Chef Pedro Sequeira (Chef do Hotel InterContinental Porto)
13h00 - Demonstrações de Cetraria 
13h00 - Entrega dos prémios do Concurso da Castanha 
15h15 - Espectáculo de Falcoaria no recinto exterior do Nerba (Actividade património da humanidade)
15h30 - Magustão do TIO JOÃO - Magusto
16h30 - SHOW COOKING - Chef Pedro Sequeira (Chef do Hotel InterContinental Porto)
16h30 - Exibição de Danças de Salão | P.E.D. – Escola de Dança 
17h00 - Demonstração de Pesca em Lago artificial
17h30 - Baptismos e Leilão de Javalis no recinto do certame
18h00 - Entrega dos Troféus aos expositores
19h00 - Encerramento da feira