terça-feira, 16 de outubro de 2012
MULHERES DAS NOSSAS ALDEIAS
Seres humanos maravilhosos, a base da nossa vida, a alma dos nossos sorrisos, a verdadeira base da sustentabilidade rural, onde os valores maternos são eternos e omnipresentes.
Mulheres de mãos rugosas, provocadas pelo frio do inverno e pelas tempestades da vida. Mãos suaves que acariciam o rosto dos filhos, a face dos maridos, o cabelo dos pais e os dias dos vizinhos.
Mulheres de olhar genuíno, onde cada palavra é sentida pelo coração e autenticada pela verdade de um olhar.
Mulheres lutadores que podam as vinhas, apanham os cereais, cuidam do gado, cuidam da horta, limpam a casa, cozinham o que comemos, fazem a cama onde nos deitamos e ainda tratam dos filhos, do marido e de todos os que nos rodeiam.
Mulheres das nossas aldeias, lindas por fora, belas por dentro, mulheres que amo e me encantam, mulheres que representam a essência da nossa essência, mulheres da nossa vida, mulheres.
Mulheres desprezadas mas nunca esquecidas, ao longo de muitos anos colocadas para lá normalidade da vida, mas que sempre foram a verdadeira verdade, mulheres que resistiram e quase sempre sorriram, mulheres que espancadas aguentaram esperançadas, mulheres que mal amadas nunca deixaram de amar, mulheres belas e surpreendentes.
Mulheres, de filhas a namoradas, de mães a esposas, fizeram o mundo, um mundo melhor, onde sem este amor de mulher certamente este território global não passaria de um enorme e gigante glaciar.
Mulheres, a essência da nossa essência.
Fotos: Rui Pires
Texto: Paulo Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário