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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Lenda de Outeiro

Local: Quintanilha, BRAGANÇA


Proximo da ribeira está a capella de Nossa Senhora, por isso denominada da Ribeira.
É um templo vasto, e que antigamente era prodigiosamente concorrido por peregrinos e romeiros, em quasi todo o anno.
Diz a lenda, que a imagem da Santissima Virgem appareceu a uma pastorinha muda de nascimento, e que desde então ficou fallando claramente, para annunciar este apparecimento aos povos d’estes sitios; os quaes em vista d’este milagre, trataram logo de construir uma ermidinha á santa imagem.
A fama dos milagres atrribuidos á Senhora, attrahiu logo muitos devotos, que com as suas offertas concorreram para que o templosinho se fosse pouco a pouco adornando.
Não se sabe a data do apparecimento da imagem da padroeira: suppõe-se que foi no reinado de D. Affonso III, entre os annos 1210 e 1270; porque quando D. Diniz se desposou com a rainha, Santa Isabel (julho de 1282) já existia esta ermida havia annos.
Santa Isabel, quando veiu para Portugal entrou por estas terras, e chegando á capella, viu alli um grande concurso de gente, e perguntando a causa d’este ajuntamento, lhe disseram que não havia muitos annos que n’este mesmo logar tinha apparecido uma imagem de Nossa Senhora, venerada de todos, pelas muitas maravilhas que obrava.
Apeou-se logo a santa rainha, e entrou na capella a fazer oração à padroeira, e collocar-se debaixo do seu patrocinio. 
Affeiçoou-se tanto à divina formosura da imagem, que logo decidiu mandar-lhe fazer um templo mais amplo, e com capacidade para o grande numero de romeiros que affluiam aqui n’esses tempos. Chegando a Lisboa communicou ao rei a sua tenção.
D. Diniz, que tambem tinha resolvido edificar um castello no monte sobranceiro, pela sua forte posição, e por ficar na extremidade dos seus dominios, annuiu aos desejos de sua esposa, e mandou logo construir a fortaleza, e ampliar a capella, que ainda é a actual.
Foi assim que teve principio a villa do Outeiro.

Fonte:PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Portugal Antigo e Moderno Lisboa, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873] , p.Tomo VI, pp. 358-359

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