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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Olivicultores transmontanos querem ajudas de Bruxelas para aumentar produção com regadio
Os olivicultores transmontanos reclamaram hoje a canalização de verbas do próximo Quadro Comunitário de Apoio para regadio dos olivais, garantindo que este investimento permitirá aumentar "cinco vezes" a produção nesta zona.
A região de Trás-os-Montes e Alto Douro é a segunda maior produtora de azeite do país, a seguir ao Alentejo, e nos "últimos seis a sete anos aumentou a área de olival em 30 mil hectares", passando para 80 mil, de acordo com o presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD).
O problema, segundo disse à Lusa António Branco, é que este crescimento da área de plantação não está a traduzir-se num aumento da produção pela dependência das condições climatéricas, um obstáculo que, defendeu, só será possível ultrapassar com projetos de regadio.
A esmagadora maioria dos olivais transmontanos são de sequeiro, dependentes da rega natural, com os efeitos negativos na produção em anos secos como o atual, em que são estimadas quebras de "20 a 30" %.
Há vários anos que a organização representativa do setor tem vindo a reclamar uma fatia das verbas da União Europeia para a instalação de sistemas de regadio.
Nas ajudas comunitárias à agricultura previstas no quadro de apoio que está prestes a terminar, "não se fez um único projeto de regadio na área de Trás-os-Montes, foi tudo transferido para o Alqueva (Alentejo)", segundo o dirigente associativo.
A AOTAD reclama que, na negociação em curso na União Europeia das ajudas para os próximos sete anos, "é fundamental o Governo português garantir que há verbas para o regadio e, concretamente para o regadio de Trás-os-Montes".
O presidente da AOTAD defendeu que com o financiamento para a instalação de sistemas de rega nos olivais será possível um aumento da produção atual "cinco vezes".
António Banco frisou que os olivicultores têm apostado no setor. Todos os anos "aumenta a área de olival e muita nem é financiada", sublinhou, mas sem aumentos proporcionais da produção, o que o dirigente acredita poderia ser ultrapassado com projetos de regadio.
Cerca de 36 mil olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro produzem, num ano médio, entre 80 a 90 milhões de toneladas de azeite, o segundo setor agrícola com maior peso económico nesta região, a seguir ao vinho.
As problemáticas, inovações, técnicas e oportunidades do setor estão em discussão, a partir de hoje e até sábado, em Mirandela, num simpósio nacional de olivicultura organizado pela AOTAD em parceria com a Associação Portuguesa de Horticultura, o Instituto Politécnico de Bragança, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte irão organizar em Mirandela.
O evento tem como propósito "promover a cooperação entre investigadores, técnicos, agricultores, estudantes, transformadores, exportadores, políticos e outros, para uma troca de experiências que contribua para aumentar a rentabilidade e sustentabilidade da fileira olivícola nacional".
O simpósio decorre no auditório municipal de Mirandela, onde pode ser também apreciada, durante os três dias, uma mostra de produtos de Trás-os-Montes, com destaque para o azeite.
HFI // SSS.
Lusa/fim
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