Trás-os-Montes - Associação local impulsionou criação de cem novos postos de trabalho

Uma associação de apoio ao desenvolvimento rural de Bragança, a Corane, impulsionou, em três anos, a criação de mais de uma centena de postos de trabalho e um investimento superior a dez milhões de euros em pequenos projectos associados ao turismo, cultura e agricultura.
Os dados foram divulgados pela Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina (Corane) e dizem respeito a 88 projectos desenvolvidos em quatro concelhos do Nordeste Transmontano: Bragança, Vinhais, Miranda do Douro e Vimioso.
Os projectos dizem respeito a candidaturas aprovadas entre os anos de 2010 e 2013. «São pequenos projectos desenvolvidos no espaço rural que fazem toda a diferença e efectivamente ajudam a fixar a população», adiantou a coordenadora da Corane, Luísa Pires.
A maioria do investimento foi feita em microempresas, seguindo-se actividades turísticas e de lazer, conservação e valorização do património, serviços básicos para a população e diversificação de actividades agrícolas.
A Corane é uma associação para captação de fundos comunitários para projectos de desenvolvimento rural que conseguiu um reforço financeiro para os quatro municípios que representa devido à nota positiva dada aos resultados obtidos até agora.
A coordenadora explicou que a prioridade dos fundos comunitários foi direccionada para o «investimento produtivo, isto é para a dinamização do sector económico, que possa gerar riqueza, criar postos de trabalho, efectivamente contribuir para a fixação da população».
A associação está já a analisar novas candidaturas de mais 98 promotores e «cujos resultados serão conhecidos em breve».
Os projectos em análise representam «um investimento superior a 12 milhões de euros e excedem em mais do dobro a disponibilidade de comparticipação existente», pelo que os responsáveis da associação antecipam que na próxima leva o investimento total deverá ficar pouco acima de cinco milhões de euros.
Até ao momento, os projectos já financiados envolveram sete milhões de euros a fundo perdido através do PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural. Metade dos projectos está já executada, enquanto os restantes projectos têm obrigatoriamente de ficar concluídos até ao final de 2014.

Lusa