Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Capela de Santa Ana / Santuário de Santa Ana

Portugal, Bragança, Bragança, Meixedo
Arquitectura religiosa, vernácula e do séc. 20. Capela de planta rectangular composta por nave única e capela-mor, interiormente com iluminação unilateral e com tectos de madeira. Fachada principal terminada em empena, encimada por sineira e rasgada por portal de verga recta. Fachada lateral esquerda cega e a direita rasgada por porta travessa de verga recta e janela de capialço, abrindo-se uma outra na capela-mor; a posterior é cega e termina em empena. No interior possui púlpito no lado do Evangelho e retábulo-mor barroco, em talha policroma, de planta recta e um eixo.
Número IPA Antigo: PT010402220148
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal composta por três naves e capela-mor, mais estreita e da mesma altura, tendo adossada alpendre rectangular e, à fachada lateral esquerda, sacristia e anexo também rectangulares. Volumes articulados com coberturas em telhados de duas águas na capela, de uma na sacristia e anexo, na continuidade da capela-mor, e de três águas no alpendre, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco. Fachada principal virada a O., com pilastras nos cunhais, coroadas por pináculos piramidais sobre acrotérios, e terminada em empena encimada por sineira, em arco de volta perfeita, sobre pilares, albergando sino, rematada em cornija contracurvada, coroada por cruz latina de cantaria sobre acrotério entre dois pináculos laterais. 
É rasgada por portal de verga recta, de moldura simples, protegido por alpendre apoiado em duas colunas sobre plintos paralelepipédicos, que suportam traves de betão. A fachada lateral esquerda possui lápide inscrita, muito delida, e em cada um dos anexos rasga-se porta de verga recta, o do segundo com moldura simples, abrindo-se ainda neste uma fresta. A fachada oposta é rasgada, na nave, por porta travessa de verga recta e moldura simples e janela de capialço e, na capela-mor, por uma outra janela de capialço, mas mais estreita. Fachada posterior da capela-mor cega e terminada em empena e a da sacristia rasgada por pequena janela rectangular, moldurada e gradeada. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento cerâmico e tecto de madeira de perfil curvo. 
As naves são separadas por colunelos de ferro que suportam a cobertura. No lado do Evangelho, junto a um destes colunelos, existe púlpito de bacia rectangular sobre coluna, com guarda em balaústres torneados. Arco triunfal de volta perfeita, sobre pilastras rebocadas e pintadas. Na capela-mor existe retábulo de talha, pintada a marmoreados fingidos, de planta recta, corpo côncavo e um eixo, definido por seis pilastras decoradas com elementos fitomórficos e quatro colunas, as exteriores de fuste liso e igualmente decoradas com motivos fitomórficos e as interiores de fuste torso e falsa espira fitomórfica, assentes em plintos paralelepipédicos, e de capitéis coríntios; ao centro possui nicho, de perfil curvo e decorado por lambrequim, com painel sobreposto por mísula com imaginária; ático em espaldar de cinco arquivoltas, uma torsa e as outras lisas e decoradas com motivos vegetalistas, unidas no sentido do raio, possuindo no alinhamento das colunas fogaréus e no das pilastras acantos de vulto. 
O retábulo é envolvido por apainelados de madeira, em marmoreados fingidos, sobrepostos lateralmente por mísulas com imaginária enquadrada por almofadas relevadas. Banco decorado com motivos fitomórficos, integrando ao centro altar paralelepipédico. CRUZEIRO: Sobre soco de planta quadrangular formada por três degraus, dispõe-se plinto cilíndrico, afunilando para o topo, com marcação da base e do remate, encimado por pilar, de fuste quadrangular, com chanfro, capitel e cruz latina, de braços quadrangulares simples.
Acessos
Caminho de terra batida a partir de Meixedo
Protecção
Inexistente
Grau
3 – imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.
Enquadramento
Rural, isolado, no exterior da aldeia, no cimo de uma colina a NE. da mesma, com castanheiros e outras árvores, acedido por caminho a partir da povoação ou da estrada entre Meixedo e Oleirinhos. A capela insere-se numa plataforma formando amplo adro, vedado por muro rebocado e caiado de branco, acedido frontalmente por portão de ferro, encimado por cruz grega; no ângulo direito, o muro é interrompido por vão, com pequeno portão, criando falso púlpito exterior, acedido por escadas de pedra. O adro é de terra batida, possuindo vala cimentada ao redor da capela; sob o alpendre o pavimento é em calçada à portuguesa e tem a inscrição S. ANA 2008. 
Em frente do adro desenvolve-se enorme terreiro, ladeado por árvores, sob as quais se dispõem várias mesas de pedra, e no início do qual se ergue o cruzeiro e de onde se desfruta amplo panorama sobre os arredores. À esquerda erguem-se dois anexos de apoio às festas e um coreto de betão, todos de planta rectangular e massa simples.
Descrição Complementar
Utilização Inicial
Religiosa: capela
Utilização Actual
Religiosa: santuário
Propriedade
Privada: Igreja Católica
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 17 / 18 / 20
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
Séc. 17 / 18 - época provável da construção da capela; séc. 18 - feitura do primitivo retábulo-mor; 1758 - referência à Capela de Santa Ana pelo abade Francisco Nogueira Cândido nas Memórias Paroquiais da freguesia, erguida num cabeço à vista do lugar de Rabal, distante meio quarto de légua; a imagem de Santa Ana tinha grande devoção e quem se encomendasse a ela, alcançava o que lhe era conveniente, não faltando gente a visitá-la no seu dia; 1906 - data na inscrição existente na fachada lateral esquerda, provavelmente correspondendo à ampliação da capela; provável construção do cruzeiro; posteriormente procedeu-se à reforma do retábulo-mor e construção dos anexos de apoio às festas.
Características Particulares
Capela de construção seiscentista ou setecentista, ampliada no início do séc. 20, alargando-se a nave, criando três naves, separadas por colunelos de ferro, desconhecendo-se o tipo de alterações introduzidas ao esquema de vãos. Talvez seja desta data também a construção do alpendre inicial, sobre as duas colunas. O retábulo-mor é de transição do estilo nacional para o joanino, mas foi muito alterado e repintado no séc. 20, tendo-se acrescentado os apainelados envolventes.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Estrutura rebocada e pintada de branco; cruzeiro, molduras dos vãos, pilastras, colunas, sineira, pináculos e cornija em cantaria de granito; portas de madeira ou em ferro; caixilharia e portadas de alumínio; vidros martelados; grades e gatos em ferro; placa de betão; cobertura de telha.
Bibliografia
CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2007.
Documentação Gráfica
Documentação Fotográfica
IHRU: SIPA
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
2008 - obras de restauro e conservação da capela; pavimentação sob o alpendre.
Observações
M ESTUDO
Autor e Data
Paula Noé 2011

in:monumentos.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário