Veio para Portugal em 1830 e dedicou-se desde muito cedo à carreira comercial, ajudado nesse tempo por um tio, grande comerciante na cidade do Porto.
Tornou-se num homem distinto, de grande cultura, deixando-nos uma extensa obra bibliográfica. Também foi poeta, desenhista e aguarelista. Além dos inúmeros mapas da região demarcada, foi ele o autor do importante mapa “O Douro Português”, traçando o curso deste rio desde a fronteira espanhola até à Foz. Este excepcional trabalho fez com que o governo lhe atribuísse o título de Barão, honraria pela primeira vez concedida a um estrangeiro.
Como nesse tempo o acesso para o Douro era difícil, mandou construir um barco do género rabelo, ricamente decorado e apetrechado, onde oferecia grandes jantares aos seus amigos. A tripulação era muito bem remunerada e magnificamente uniformizada. Quando se encontrava hóspede de D. Antónia Adelaide Ferreira, veio a encontrar a morte no barco em que se fazia transportar numa viagem de recreio, voltando-se no traiçoeiro ponto do Cachão da Valeira. Socorridos por outro barco, salvaram-se todos menos o referido Barão, uma criada e um criado.
Dizem que D. Antónia se salvou graças aos seus vestidos, que se comportaram como um perfeito balão e o Barão se afogou, porque levava na sua faixa uma quantidade apreciável de moedas de oiro. Morreu e ficou sepultado no lugar que mais o impressionava, chegando a desenhá-lo por duas vezes. Foi uma perda irreparável.
Música do não menos enigmático “Albinoni” Adagio in G Minor
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