terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Câmara de Alfândega da Fé aceita 35 horas

Autarquia assinou acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local
Os 150 trabalhadores da Câmara Municipal de Alfândega da Fé (CMAF) não vão cumprir as 40 horas semanais, como determinou o governo. 
Depois da providência cautelar interposta pelos sindicatos ter sido chumbada pelo Tribunal Constitucional, os representantes dos trabalhadores decidiram negociar o horário com as autarquias do distrito de Bragança.
O município de Alfândega da Foi o primeiro a aceitar. O acordo foi assinado na passada quarta-feira.
O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) diz que esta foi a única forma de defender os direitos adquiridos há vários anos.
“Para nós o horário é um pilar sagrado, até mais do que o vencimento, e não abdicamos dele porque também temos direito a viver, não pode ser só trabalhar”, realça José Freire.
A presidente da CMAF explica que aceitou assinar o acordo colectivo de entidade empregadora porque considera que os trabalhadores da função pública já estão a ser suficientemente castigados com cortes nos rendimentos. “Não faz qualquer sentido obrigá-los a fazer 40 horas por semana”, defende a autarca. 
Negociações avançadas
Berta Nunes acrescenta, ainda, que isso não vai contribuir para a produtividade dos trabalhadores. “Só faz com que as pessoas fiquem desanimadas e desmotivadas”, sublinha a edil. 
Além disso, para a autarca as 40 horas de trabalho trazem problemas a nível familiar. “Há dificuldades para ir buscar os filhos às escolas que não estão adaptadas a este horário”, lembra Berta Nunes.
O coordenador regional do STAL mostra-se convicto que as restantes autarquias do distrito deverão seguir o mesmo caminho. “Estamos em negociações com todas, estamos numa fase muito adiantada em Moncorvo e Vila Flor e esperamos agendar a assinatura do acordo dentro de pouco tempo”, adianta José Freire. 
Além disso, o sindicalista garante que tem havido uma grande abertura por parte de todos os autarcas do distrito. “Acreditamos que vamos assinar acordo com todas”, conclui o responsável.
Apesar da lei determinar as 40 horas de trabalho semanal na função pública, neste momento, no distrito de Bragança, todos os municípios estão a praticar, apenas, 35 horas de trabalho semanal.
Destaque 
Municípios do distrito contrariam governo e mantêm as 35 horas de trabalho semanal 

in:jornalnordeste.com

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