Pequena freguesia da periferia nascente brigantina, Gimonde é delimitada pelas congéneres Baçal (a norte), Babe (a leste), Milhão (a sudeste), Alfaião (a sul) e finalmente Santa Maria de Bragança (a ocidente). Ligando a freguesia de Gimonde à capital concelhia, numa distância estimada em sete quilómetros, está a E.N. 218.
Pelos limites ocidentais de Gimonde corre o Rio Sabor, o qual, mesmo junto à povoação daquele nome, vem receber as águas dos seus tributários rios Onor e Igrejas.
A freguesia, integrada na orla meridional do Parque Natural de Montesinho, é bem conhecida pelos seus atractivos turísticos, os quais se desdobram pelas vertentes paisagísticas, monumental, arqueológica e, inclusivamente, gastronómica.
Na pitoresca aldeia contabilizam-se diversos restaurantes, alguns deles afamados quer pelo atendimento, quer pelas iguarias tradicionais (sobretudo o soberbo fumeiro e deliciosas compotas).
O comércio local terá assim certo ascendente económico, conjugando-se com as actividades agrícolas (das quais ressalta o cultivo do lúpulo, de introdução recente) e pecuárias, justificando uma certa prosperidade desta freguesia, Gimonde conta-se, aliás, entre as escassas terras bragançanas que não acusou um decréscimo populacional assinalável – dos 376 habitantes contabilizados em meados do século terá passado para 343, em 1991.
Desde os finais do século passado, pelo menos, que aqui foi assinalado um povoado castrejo, conhecido toponimicamente por Arrabalde. Reconhecido e sumariamente prospectado por Pereira Lopo e, posteriormente, pelo Abade de Baçal, aquele arruinado recinto fortificado castrejo terá conhecido intensa romanização.
A influência do domínio romano no aro de Gimonde será responsável, aliás por diversos achados epigráficos – um marco miliário atribuído ao século III e uma estela funerária – e possivelmente, alguns vestígios de remota mineração. Magnífica obra de engenharia é a velha Ponte de Gimonde, uma das três que se acham lançadas junto ao povoado. A estrutura, do xisto, integra seis arcos de volta redonda, suportando um tabuleiro em dorso levemente arqueado.
A montante do rio Onor pode apreciar-se ainda uma outra ponte em cantaria de granito, de múltiplos arcos abatidos (em número de sete). É esta porém obra bem mais recente, servindo a E.N. 218.
Entre as duas pontes observa-se, por seu turno, uma pequena poldra permitindo a travessia apeada do rio. Sta. Maria (depois N. Sra. da Assunção) de Gimonde foi outrora um curato anexo à reitoria de S. Pedro de Babe. O actual templo paroquial, estrategicamente erguido num pequeno alto que coroa o povoado, é uma estrutura de traça simples mas harmoniosa, erguida em granito de grão fino (cantarias).
No termo da freguesia contam-se ainda as capelas de Santa Columbina e de Sto. António. A “Villa” (propriedade agrária) de Gimonde surge já documentada nas “Inquirições” de 1258, reinando D. Afonso III. Era então foreira àquela monarca embora também aqui possuísse bens entre outros titulares, o mosteiro espanhol de Moreruela.
Tradições
Relativamente aos jogos tradicionais, constituem actividades lúdicas que convidam ao relaxamento e convívio dos habitantes nas suas horas livres, sobretudo nas tardes de Domingo. Alguns destes jogos, nos quais a freguesia está inserida destacam-se: o jogo do fito e o jogo da relha.
in:cm-braganca.pt
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