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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Aldeia de Gondesende - Caracterização

Encaixada na orla ocidental concelhia, a confrontar com Vinhais e a uns doze quilómetros para o noroeste da cidade de Bragança, a freguesia de Gondesende faz parte integrante do Parque Natural de Montesinho. A estrada nacional 103 (Bragança – Vinhais) faculta a ligação rodoviária de Gondesende à sede de concelho. Abarcando uma superfície não muito extensa (alongando-se no sentido leste – oeste), esta é mais uma freguesia de implantação planáltica, registando uma altitude média superior aos seiscentos metros (e máxima rondando os novecentos).
Um pequeno afluente da margem esquerda do Tuela corta o seu território ao poente, correndo no sentido norte – sul. Integrando três povoados – Gondesende, Portela e Oleiros – a freguesia somará actualmente cerca de 242 residentes (bastante menos que os 377 noticiados nos meados deste século). O sector primário (com primazia para a pecuária e silvicultura) andará, desde há milénios por certo, na base da organização económica local, merecendo também algum acento a indústria extractiva de talco. 
Lombeiro de Maquieiros é a invulgar designação toponímica de um importante arqueo-sítio, conhecido desde os finais do século passado pela sua ocupação castreja (A. Lopo). Assentaria o povoado fortificado da Idade do Ferro (posteriormente romanizado) em um alto sobranceiro ao rio Baceiro, junto à confluência com a pequena Ribeira de Maçoso, nos limites ocidentais da freguesia (e concelho).
Entre os povoados de Gondesende e Portela fica o Parque de Campismo do Cepo Verde, de aprazível localização em área de montanha. Entre os seus atractivos conta-se uma pequena piscina.
No domínio patrimonial edificado, há que destacar a Igreja Matriz de N. Sra. da Assunção em Gondesende. O imóvel, de razoáveis proporções, é dotado de um pequeno alpendre na frontaria (estrutura assente sobre dois pesados pilares de secção quadrangular). Pesado e sobredimensionado, à boa maneira bragançana, é também o campanário de dupla sineira que remata, ao alto, esta frontaria. O templo, de fábrica atribuível aos sécs. XVII, ou XVIII, apresenta-se hoje integralmente rebocado e caiado, alvejando com sábio destaque entre o castanho pardacento do xistoso casario de Gondesende.
Dois outros templos se erguem no termo da freguesia, um em Portela e o outro em Oleiros. Digno de algum realce é também Cruzeiro Paroquial. De manifesto interesse etnográfico são os diversos moinhos de água e fontes cobertas (ditas “romanas”) espalhados pelo termo da freguesia.
Aguçando o apetite de qualquer um mortal, os enchidos (e pratos tradicionais com eles preparados) confeccionados nesta freguesia – chouriço doce com sangue, chouriça de boche, chouriço de pão com grelos e batata cozida, p.e. – dão bem a medida das potencialidades da inventividade culinária aplicada aos derivados do porco, esse tutelar animal transmontano.
Curiosas são também algumas designações de outros tantos saborosos produtos comestíveis: o chichorro, os rapazinhos, as pinheiras, lameirinhas e repolgas...

in:cm-braganca.pt

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