Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Associação da Castanha alerta contra nova praga detectada em Portugal

A Associação Portuguesa da Castanha (RefCast) alertou hoje para a vespa do castanheiro, uma nova praga que afeta os soutos e foi detetada recentemente em Barcelos e contra a qual está a ser delineado um plano de emergência.
"Esta praga foi infelizmente detetada no nosso país no Vale do Neiva, em Barcelos. É aí que está o primeiro foco de infeção da vespa do castanheiro descoberta em Portugal", afirmou à agência Lusa o porta-voz da RefCast, José Gomes Laranjo.
No entanto, de acordo com o especialista, no local foram encontrados algumas "galhas secas do ano passado", que indiciam que a praga já está presente no país há mais tempo.
O inseto entrou na Europa, via Itália, em 2002. Em 2005, penetrou em França e em 2012 em Espanha, chegando a destruir grande parte da produção de castanha nos soutos infetados.
Depois das doenças do cancro e da tinta, que destruíram muitos castanheiros em Portugal, estes estão agora a ser ameaçados por uma nova praga.
José Gomes Laranjo referiu que a associação e os seus parceiros já estavam atentos à vespa que aloja os seus ovos nos gomos dos castanheiros. Só quando estes formam novos ramos é que se percebem as deformações e inchaços nas folhas. Depois de infetados, os ramos não conseguem dar mais fruto.
A RefCast, com sede em Vila Real, convocou uma reunião de emergência na semana passada para debater o assunto. Está também já constituído um grupo de trabalho que junta elementos da associação, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e é coordenado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN).
O responsável disse que o plano de combate à praga passa, no imediato, pela deteção das áreas afetadas, pelo que apelou aos agricultores para irem ao terreno observar os castanheiros para que se possa ainda proceder à queima dos ramos infetados.
"Até ao final de julho ainda podemos ir a tempo de descobrir esses focos e evitar que cada mosca que lá esteja origine 200 novas moscas, destruindo esses ramos pelo fogo estamos a controlar a praga", salientou.
O especialista frisou que esta estratégia pode atrasar o alastramento da infeção.
"A praga tanto pode vir nos novos castanheiros que nós compramos no inverno como também serem transportados no interior dos veículos. Tudo isto são fatores possíveis de contaminação", acrescentou ainda.
José Gomes Laranjo acrescentou que se está a trabalhar ainda no licenciamento extraordinário de alguns inseticidas que podem ser aplicados nos castanheiros e num plano de implementação de uma luta biológica na primavera do próximo ano.
Esta luta biológica passa por introduzir em Portugal uma outra mosca -- o Torymus sinensis - que será libertada junto aos castanheiros infetados, a qual vai por os ovos no mesmo sítio onde estão as larvas da vespa.
"Essas larvas vão-se alimentar das larvas da vespa. Esta estratégia que está a ser aplicada em Itália e em França com resultados positivos.
Apesar de revelar esperança na luta contra a vespa, José Gomes Laranjo mostrou-se "muito preocupado" com as consequências desta nova praga no setor que é considerado como o "petróleo" ou o "ouro" de Trás-os-Montes.
No ano passado, a região produziu cerca de 30 mil toneladas de castanha, que se traduziram num volume de negócios que rondou os 60 milhões de euros.

PLI // MSP
Lusa/Fim

Sem comentários:

Enviar um comentário